Foto de Gustavo Kralj / Gaudium Press |
Ontem, (16), durante a missa matinal na Domus Sanctae
Marthae, oferecida pelo Papa emérito Bento XVI, em ocasião do seu aniversário,
o Papa Francisco falou da necessidade de sermos dóceis ao Espírito Santo, que é
uma força que nos incomoda, mas que transforma.
Momentos antes da sua morte, narra a liturgia do dia,
Estevão dá um forte testemunho de docilidade ao Espírito, antes do martírio. O
Papa Francisco faz notar as suas palavras aos presentes, nesse momento de
morte: “Teimosos! Vocês colocam sempre obstáculos ao Espírito Santo”. Dizendo
assim, Estevão acusou-os de matarem os profetas e só depois venerá-los como
santos. O Papa chamou a atenção para o que também aconteceu com os discípulos
de Emaús, que foram chamados por Jesus de “Tardos e lentos de coração para
acreditar em tudo o que os profetas disseram”. E, disse o Papa, essa mesma
resistência ao Espírito Santo é o que acontece conosco.
"Falando claro - disse o Papa - o Espírito Santo
incomoda-nos. Porque mexe conosco, faz-nos caminhar, empurra a Igreja para
seguir em frente. E nós somos como Pedro na Transfiguração: ‘Ah, como é bom
estarmos aqui, todos juntos!... mas que não nos incomode. Queremos domesticar o
Espírito Santo. E isso não está bem. Porque Ele é Deus e Ele é aquele vento que
vai e vem e não sabemos de onde. É a força de Deus, é aquele que nos dá a
consolação e a força para seguir adiante. Mas: seguir adiante! E isso incomoda.
A comodidade é melhor!”.
Até pareceria que hoje temos mais alegria pela presença do
Espírito Santo, mas não é assim. Basta olhar para o Concílio Vaticano II “obra
do Espírito Santo”. João XXIII foi fiel ao Espírito Santo, mas hoje, 50 anos
depois “fizemos tudo o que nos disse o Espírito Santo no Concílio?”, responde o
Papa: “Não. Festejamos o aniversário, fazemos um monumento, mas que não nos
incomode. Não queremos mudar. E pior: há pessoas que querem ir para trás. Isso
é que se chama ser teimoso, isso chama-se querer domesticar o Espírito Santo,
isso chama-se torna-se tardos e lentos de coração”.
Por fim, o Papa sublinhou que na nossa própria vida pessoal
temos também essa experiência com o Espírito Santo. Resistimos às suas
inspirações. Portanto, exortou no final da homilia: “Não resistir ao Espírito
Santo: essa é a graça que eu gostaria que todos nós pedíssemos ao Senhor: a
docilidade ao Espírito Santo, àquele Espírito que vem de nós e nos faz seguir
adiante no caminho da santidade, aquela santidade tão bonita da Igreja. A graça
da docilidade ao Espírito Santo. Amém”.
(17 de Abril de 2013) © Innovative Media Inc.
(Zenit.org) Thácio
Lincon Soares de Siqueira
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