Olho para a
folha branca em frente dos meus olhos e pergunto-me: Porque me dá esta vontade
de escrever-Te se nada me parece ter para Te dizer?
Leio a frase
e arrepio-me todo: Como é possível nada ter para dizer ao Senhor da minha vida?
Então Tu
criaste as árvores e as plantas, os mares e os rios, as montanhas e as
planícies, as pedras preciosas e as pedras da calçada, os animais selvagens e
os animais domésticos, as nuvens e as estrelas, o Sol e a Lua, enfim criaste o
mundo e o universo para nós, e nada me ocorre para Te dizer agradecendo-Te?
Então Tu
criaste o homem e a mulher, as lágrimas e o riso, a tristeza e a alegria, o
sentir e o prazer, o falar, o ver, o abraçar, o dar e o receber, e eu nada
tenho para Te dizer louvando-Te?
Então Tu
fundaste a Igreja, (seio em que me acolho), deste-nos os Sacramentos, (presença
viva de Ti entre nós), fizeste-Te alimento divino para nós, e eu nada tenho
para Te dizer adorando-Te?
Olha, meu
Senhor e meu Deus, que ao menos eu acabe esta escrita dizendo: Amo-Te, amo-Te,
amo-Te!
Monte Real,
16 de Janeiro de 2013
Joaquim Mexia Alves
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