Por vezes,
Senhor,
sinto tão
fundo o Teu amor…
Ainda há
pouco,
logo depois
da comunhão,
parecia que
ajoelhado a Teus pés,
repousava a
cabeça no Teu colo,
e Tu me
afagavas o cabelo,
ou melhor,
me fazias
festas no coração.
Estarei
louco?
Não tenho
dúvidas que estou,
mas louco de
amor por Ti!
Todos os
momentos em que Te vivo,
me enchem,
mas sabem a
pouco!
Eu sei,
Senhor,
que no Teu
infinito amor,
me dás estes
momentos,
para eu
perceber,
que na graça
da secura,
que tantas
vezes me toca,
me
confrontas,
me provocas,
me
alimentas,
na
permanente procura.
Então,
porque
tantas vezes Te nego
com as
minhas atitudes,
com as
minhas ausências,
com a minha
falta de amor,
àqueles que
de mim precisam,
e perante a
sua dor,
fico mudo,
surdo e cego?
Como posso
eu querer
guardar
apenas para mim
a alegria de
Te sentir,
no meu
viver,
no meu crer,
no meu
existir.
Dar-Te como,
se indigno
de Ti,
não Te posso
reflectir?
Amaste-me
primeiro,
porque sem o
teu amor,
eu não
poderia amar,
com o amor
verdadeiro!
E é nesse
amor com que me amas,
nesse amor
com que Te dás,
que por Tua
graça reflicto,
a alegria de
Te ter,
o sentido do
meu viver,
a confiança,
a esperança,
a certeza da
Tua paz.
Por vezes,
Senhor,
sinto tão
fundo o Teu amor…
Monte Real,
16 de Julho de 2012
Joaquim Mexia
Alves
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