16 janeiro, 2013

NUMA FOLHA DE PAPEL BRANCO




Olho para a folha branca em frente dos meus olhos e pergunto-me: Porque me dá esta vontade de escrever-Te se nada me parece ter para Te dizer?

Leio a frase e arrepio-me todo: Como é possível nada ter para dizer ao Senhor da minha vida?

Então Tu criaste as árvores e as plantas, os mares e os rios, as montanhas e as planícies, as pedras preciosas e as pedras da calçada, os animais selvagens e os animais domésticos, as nuvens e as estrelas, o Sol e a Lua, enfim criaste o mundo e o universo para nós, e nada me ocorre para Te dizer agradecendo-Te?

Então Tu criaste o homem e a mulher, as lágrimas e o riso, a tristeza e a alegria, o sentir e o prazer, o falar, o ver, o abraçar, o dar e o receber, e eu nada tenho para Te dizer louvando-Te?

Então Tu fundaste a Igreja, (seio em que me acolho), deste-nos os Sacramentos, (presença viva de Ti entre nós), fizeste-Te alimento divino para nós, e eu nada tenho para Te dizer adorando-Te?

Olha, meu Senhor e meu Deus, que ao menos eu acabe esta escrita dizendo: Amo-Te, amo-Te, amo-Te!

Monte Real, 16 de Janeiro de 2013
Joaquim Mexia Alves

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