No próximo Domingo celebra-se a Solenidade de Pentecostes.
E eu gostava muito de escrever, aqui neste espaço, sobre o Espírito Santo.
Mas como
escrever sobre o Espírito Santo, se não for Ele a inspirar o pensamento, a
reflexão e a consequente escrita?
Deixo-me levar, (assim espero), e vou alinhando as palavras, na doce esperança que Ele lhes dê sentido, ou melhor, o sentido da sua vontade.
Deixo-me levar, (assim espero), e vou alinhando as palavras, na doce esperança que Ele lhes dê sentido, ou melhor, o sentido da sua vontade.
O Espírito
Santo foi/é para mim uma novidade imensa, uma novidade sempre nova, neste meu
regresso a Deus, à Fé, à Igreja.
Sim, fui
ensinado em criança e adolescente, a crer no Pai, no Filho e no Espírito Santo,
mas o Espírito Santo era um ilustre desconhecido, parecia não ter rosto, não
ter forma, não ter intervenção, apesar de tudo o que Jesus Cristo tinha
afirmado e está contido nos Evangelhos, sobretudo em São João.
Parecia até, por vezes, que tínhamos preferências, (ou gostos, como quiserem), mais pelo Pai, ou pelo Filho e às vezes até por Maria, (que alguns infelizmente continuam ainda hoje a “endeusar”, o que não é certamente do seu agrado).
Parecia até, por vezes, que tínhamos preferências, (ou gostos, como quiserem), mais pelo Pai, ou pelo Filho e às vezes até por Maria, (que alguns infelizmente continuam ainda hoje a “endeusar”, o que não é certamente do seu agrado).
Mas o
Espírito Santo, não, não “puxava” à oração, como hoje em dia se diz!
Era importante, dizia-se que guiava a Igreja, que tinha havido o Pentecostes, mas depois de tudo “espremido”, continuava assim, sem “expressão” viva na fé que então vivia, bem como na maior parte dos outros que caminhavam a meu lado.
Era importante, dizia-se que guiava a Igreja, que tinha havido o Pentecostes, mas depois de tudo “espremido”, continuava assim, sem “expressão” viva na fé que então vivia, bem como na maior parte dos outros que caminhavam a meu lado.
Quando ao
fim de mais de 20 anos de afastamento me reaproximei de Deus, da Fé e da
Igreja, não entendia bem porquê, mas percebia que algo estava a mudar na minha
maneira de viver a fé.
Ainda não tinha consciência do que era, mas no fundo sentia que algo tinha mudado.
Ainda não tinha consciência do que era, mas no fundo sentia que algo tinha mudado.
Após os meus
primeiros contactos com o Renovamento Carismático Católico, a consciência do
Espírito Santo, da sua presença, do seu agir, da sua sempre novidade, começou a
ficar bem mais clara em mim.
E uma das coisas que mais imediatamente constatei, foi que aquelas preferências ou gostos do antigamente, desapareciam, porque o Espírito Santo se encarregava de levar à unidade, à consciência da unidade da Santíssima Trindade, três Pessoas, um só Deus, a unidade tão perfeita que onde está Um estão também e sempre os Outros Dois.
E fez-me perceber muito melhor a missão de Maria, a «cheia de graça», aquela que aponta o Filho e se recolhe na humildade.
A consciência da presença do Espírito Santo em mim desde o Baptismo, (uma luzinha ténue que teimava em não se apagar), levou-me a perceber que Lhe devia pedir que saísse do “cantinho escondido” onde eu O tinha colocado e viesse tomar conta de mim, e que em vez de luzinha ténue, fosse um farol sempre aceso, apontando-me o caminho em cada dia, em cada momento.
E tudo se transformou!
A fé ganhou vida e passou a ser a fôrma em que queria moldar a minha vida.
A consciência da presença constante de Deus em mim, levou-me a perceber essa mesma presença nos outros, que passaram então ser os próximos de que Jesus fala nos Evangelhos.
A oração ganhou “asas” e saiu das recitações tradicionais, (e sem dúvida óptimas), para passar a ser um quase constante diálogo com Deus, a maior parte das vezes mais de louvor e de graças, do que pedir e … pedir.
A Igreja ganhou rosto de família, de família querida e desejada, que me acolhia como um filho muito querido, independentemente da minha situação particular de então.
E uma das coisas que mais imediatamente constatei, foi que aquelas preferências ou gostos do antigamente, desapareciam, porque o Espírito Santo se encarregava de levar à unidade, à consciência da unidade da Santíssima Trindade, três Pessoas, um só Deus, a unidade tão perfeita que onde está Um estão também e sempre os Outros Dois.
E fez-me perceber muito melhor a missão de Maria, a «cheia de graça», aquela que aponta o Filho e se recolhe na humildade.
A consciência da presença do Espírito Santo em mim desde o Baptismo, (uma luzinha ténue que teimava em não se apagar), levou-me a perceber que Lhe devia pedir que saísse do “cantinho escondido” onde eu O tinha colocado e viesse tomar conta de mim, e que em vez de luzinha ténue, fosse um farol sempre aceso, apontando-me o caminho em cada dia, em cada momento.
E tudo se transformou!
A fé ganhou vida e passou a ser a fôrma em que queria moldar a minha vida.
A consciência da presença constante de Deus em mim, levou-me a perceber essa mesma presença nos outros, que passaram então ser os próximos de que Jesus fala nos Evangelhos.
A oração ganhou “asas” e saiu das recitações tradicionais, (e sem dúvida óptimas), para passar a ser um quase constante diálogo com Deus, a maior parte das vezes mais de louvor e de graças, do que pedir e … pedir.
A Igreja ganhou rosto de família, de família querida e desejada, que me acolhia como um filho muito querido, independentemente da minha situação particular de então.
E depois!
Depois a Palavra de Deus, lida à luz do Espírito Santo conduzia-me por caminhos novos, caminhos de descoberta de uma felicidade, de uma alegria que nunca tinha vivido, às vezes alcançadas no meio de provações e contrariedades.
Ah, e eu sabia bem o que eram as felicidades e alegrias efémeras dos prazeres do mundo, porque os tinha vivido intensamente, e acabavam sempre por me deixar um enorme “amargo na boca”.
A timidez, ou vergonha, de falar em público e para o público, desapareceu “misteriosamente”, e a “coragem” de me mostrar cristão católico, junto de quem quer fosse, dava-me uma paz imensa e enchia-me de um orgulho são. Orgulho de ser de Deus e não orgulho da minha própria pessoa.
Dei comigo a dar respostas, a falar de coisas, que eu não sabia … saber!
Vivia momentos de enorme, mas calma exaltação em Deus, entremeados com momentos de secura profunda, em que percebi Ele me fortalecia para o que havia de vir.
Tantas prioridades que tinha, ligadas a “estatutos sociais” e outras coisas supérfluas, que caíam pela base sem deixarem saudades.
E também uma viva consciência de que é nos “pequenos” pecados muitas vezes repetidos, que nos deixamos cair, muito mais do que naqueles que parecendo e sendo “maiores”, nos despertam mais a atenção e a consequente luta.
Afinal os “grandes” pecados, dominam-mo-los com alguma “facilidade”, e acabam por ser os “pequenos”, que “constantemente” repetidos, se tornam “grandes”, por deles não tomarmos consciência.
Não chegam as palavras, não chegam as folhas de papel, não chega a minha vida inteira, para falar do Espírito Santo, porque ao falar do Espírito Santo, falo do Pai e do Filho, falo de Deus, e Deus está para além das nossas palavras, da nossa escrita.
Mas porque Deus é Deus e nos ama com amor eterno, torna-se humilde, tão humilde que se faz alimento divino para cada um de nós, num pedaço de Pão Eucarístico.
E essa, foi outra graça do Espírito Santo na minha vida!
O encontro com Jesus Eucarístico, o viver a realidade do Deus realmente presente na hóstia consagrada e o deixar-me moldar por Ele.
Isto vivi e isto vivo, (por vezes afastando-me por força de ser pecador), mas sempre regressando à Casa do Pai, porque Ele, o Espírito Santo, não cessa de me chamar, de me tocar, de me conduzir, assim eu me deixe abrir a Ele.
Afinal acabei por escrever sobre o Espírito Santo, mais do que escrever, vivi-O, porque Ele é a Vida Nova que Deus nos quer sempre dar.
Que quem me leia, leia apenas o que o Espírito Santo quis escrever, e não o que eu, no meu orgulho pecador, possa ter escrito.
Vem Espírito Santo nós Te esperamos!
Marinha Grande, 15 de Maio de 2013
Joaquim Mexia Alves
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