22 outubro, 2009

Sínodo dos Bispos sobre África

Vaticano / Roma, 4 a 25 Outubro

A II Assembleia do Sínodo dos Bispos Africanos, iniciou-se no passado dia 4 e decorrerá até ao dia 25 de Outubro, no Vaticano, com o tema “A Igreja na África ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz” – acompanhado por uma palavra de Cristo dirigida aos discípulos: “Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo” (Mt 5, 13.14), assumindo-se como uma ocasião para debater a presença, a estrutura e os desafios do catolicismo no Continente Africano.
Bento XVI, na abertura, explicou aos presentes – 33 Cardeais, 75 Arcebispos, 120 Bispos, 8 Religiosos eleitos pela União de superiores Gerais, 37 Presidentes de Conferências Episcopais, 189 Bispos ordinários, 8 Arcebispos eméritos 25 Chefes de dicastério da Cúria Romana, 244 Padres sinodais (197 de África, 34 da Europa, 10 da América, 2 da Ásia e 1 da Oceânia), 29 especialistas, 49 ouvintes e outros convidados do Papa – que “é importante sublinhar que não se trata de um congresso de estudo, nem de uma assembleia programática.

Ouvem-se relatórios e intervenções na sala, confrontamos os grupos, mas todos sabemos bem que os protagonistas não somos nós: é o Senhor, o Espírito Santo que guia a Igreja. O mais importante para nós é ouvir”.
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Bento XVI reza Terço com Jovens Universitários pela África

Bento XVI rezou, da Sala Paulo VI, no Vaticano, às 17h do dia 10 de Outubro, um inédito terço com jovens universitários pela África, em sintonia com o Sínodo dos Bispos desse continente, que foi inaugurado no Vaticano.

Colaboraram na animação a Orquestra Nacional dos Conservatórios de Música e os Corais dos Conservatórios das Universidades Italianas.

Segundo explicou Dom Lorenzo Leuzzi, director do Escritório Diocesano para a Pastoral Universitária de Roma, o evento uniu, graças às novas tecnologias, as cidades africanas do Cairo (Egito), Nairóbi (Quênia), Jartum (Sudão), Antananarivo (Madagascar), Joanesburgo (África do Sul), Onitsha (Nigéria), Kinshasa (República Democrática do Congo), Maputo (Moçambique) e Uagadugu (Burkina Faso).

Referiu ainda que este terço "é importante especialmente para testemunhar que o Evangelho é capaz de orientar a cultura, algo que se confia de maneira especial aos jovens universitários", para "promover um desenvolvimento humano verdadeiramente integral".
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“A Igreja pode oferecer uma grande contribuição a toda a sociedade em África, que, infelizmente, conhece em vários países a pobreza, a injustiça, a violência e as guerras.

A vocação da Igreja, comunidade de pessoas reconciliadas com Deus e entre si, é a de ser profecia e fermento de reconciliação entre os diversos grupos étnicos, linguísticos e também religiosos, fundamento da paz e do progresso humano e social”. Papa Bento XVI
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“O objectivo da Igreja em África é retomar, com renovado zelo, a acção de evangelização e de promoção humana no grande continente. Uma Igreja reconciliada no seu interior tornar-se-á anunciadora credível da reconciliação também na sociedade, levando uma insubstituível contribuição à promoção da justiça e à obtenção da paz”.

Mons. Nikola Eterovié,
Secretário-geral do Sínodo,
(conferência de imprensa
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“Os chefes religiosos devem ser mensageiros de esperança, paz, reconciliação e desenvolvimento. Devem estar atentos ao trabalho social e às necessidades espirituais das populações a eles confiadas”.

Abuna Paulos, Patriarca
da Igreja Ortodoxa da
Etiópia, durante o Sínodo
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Segundo o senso de 2004, indicamos número de católicos existentes em alguns países africanos de língua portuguesa: “Guiné-Bissau: 132.000, Cabo Verde: 453.000, São Tomé e Príncipe: 110.000, Angola: 8. 334. 000, Moçambique: 4. 466.000”.

Labat n.º 98 de Outubro de 2009

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