21 novembro, 2009

O precioso dom da vida



O mês de Novembro, pelas celebrações que invocamos e pelos temas que reflectimos, pelas intenções que rezamos e pelas festas que nos alegram o coração, é, de verdade um mês dedicado à vida, ao valor da vida.
Os Santos que celebramos no dia 1, foram os heróis não só da fé mas da vida, pois souberam viver com amor e intensidade cristã, este dom precioso que o Criador concedeu a cada homem e a cada mulher. Os santos assumiram a vida com toda a grandeza e realidade humana e evangélica, e souberam vivê-la com a tenacidade e a generosidade própria de quem sabe que a vida é um dom precioso e que deve ser tomada e vivida a sério.
Não é só na sua dimensão espiritual e orante, sacramental ou pastoral, que os Santos foram grandes. É na expressão mais eloquente da sua humanidade, naquilo que o homem e a mulher têm de semelhante ao Deus Criador, naquele que faz, que vive num verdadeiro humanismo.
O apreço pelas suas vidas foi levado pelos Santos muito a sério.Souberam jogá-las pelo Senhor e pelos irmãos, respeitaram a sua vida e a dos outros, tantas vezes se dedicaram a salvar a vida do próximo e a trabalhar para ele com toda a audácia e tenacidade.
Podemos dizer que os Santos foram uns apaixonados pela vida, com dom, e, por isso viveram a sua intensamente e maravilhosamente, como se dedicaram de alma e coração a ajudar e a salvar a vida dos outros, são só movidos por uma filantropia humana, mas impulsionados pela caridade, como virtude teológica.
Por isso o seu pensamento, o seu coração, as suas obras estavam sempre centradas nos outros, sempre cuidando do pobre, do marginal, do infeliz, do injustiçado, do que passava fome ou sede, do que não tinha casa ou família, de todos os que tinham uma vida menos sã e menos digna. Era aí que estava o coração dos Santos e as suas vidas e actividades.
A vida era sempre um valor inestimável, algo precioso, a ser definido, ser guardado, a ser cuidado com carinho, dedicação e zelo.
Os Santos dedicaram-se sempre a viver e promulgar, a defender a fazer cresçer a "cultura da vida", o amor à vida, o respeito pela vida. Foram os grandes benfeitores da humanidade, pela defesa da vida, por criarem condições de vida mais dignas, por saberem apreciar o dom que é a vida de cada pessoa.
Hoje, em muitas partes do mundo, no seio duma sociedade sem grandes valores, duma sociedade que tantas vezes não tem atenção, nem respeito, nem amor pela vida, onde há tanto crime, tanto ódio, tanta vingança, tanta injustiça, tanta fome, tanta depravação moral, hoje, onde em muitos países se cultiva a "cultura da morte" é urgente gritar bem alto o valor da vida humana. Ninguém tem o direito de matar. Daí o criador do aborto, o crime do terrorismo, o crime da eutanásia, o crime da destruição das vidas humanas, pela violência, pela injustiça, por tantos modos verdadeiramente criminosos.
E o pior e mais grave é a desfaçatez com que se arrojam argumentos que justifiquem matar, verdadeiros sofismas, medonhos criminosos, que querem justificar a morte de inocentes. Se ficamos horrorizados com os milhares de mortos da Grande Guerra, não podemos ficar menos ,horrorizados pelos milhões de mortos provocados pelo aborto, pela fome, pelo terrorismo, pela violência déspota.Matar é matar, e é sempre um mal, um crime, um dano horrível para a vida dos outros. Ninguém tem o direito de o fazer movido por motivos malévolos e criminosos, por orgulho ou soberba, por violência criminosa.
Precisamos de saber cuidar, com amor e muita ternura da nossa vida e da vida de cada pessoa, mesmo das crianças que ainda estão no seio de suas mães, mas que já são pessoa humana. Se é crime matar uma criança depois de nascer e deitá-la para a lixeira embrulhada num saco plástico, não é menos crime matá-la, meses antes quando ainda está nos seio de sua mãe. E a mãe não pode afirmar que é dona do seu corpo para poder matar uma vida que está dentro dela, mas que não é dela, pois é uma pessoa humana, que merece todo o respeito e deve ser defendida com toda a alma e todo o coração. Saibamos com os Santos, os heróis da vida e os benfeitores da humanidade, lutar pela "cultura da vida", não deixando que se matem inocentes.
Como os Santos punhamo-nos sempre do lado da pessoa humana para a defender, para cuidar dela, esteja ela no seio da sua mãe, viva como criança ou como adolescente ou jovem, seja pessoa adulta ou já idosa, porventura doente e se consciência. Sejamos santos a cuidar das vidas humanas, candidatos a benfeitores da humanidade, verdadeiros defensores daquilo que é mais precioso, que é mais dom inviolável do Criador, a vida humana.
Tratem-la como uma flor bonita e bela, com encanto e suavidade, que merece a nossa dedicada atenção e o nosso amor fraterno. Saibamos dar vidas à vida. Saibamos colaborar com o Criador num amor desinteressado e dedicado pela vida de cada pessoa.
Ajudemos a construir uma sociedade com valores humanos, que são sempre valores éticos "cultivar" a vida, o bem, a vontade, a justiça, o amor.
Cuidemos a vida. Não deixemos que haja atentados a este dom inviolável do Criador. Saibamos defender os direitos dos mais fracos, mais doentes, mais débeis, mais expostos à tirania. Lutemos para que os próprios mais da comunicação social não atentam contra a vida, esse tesouro admirável. Lutemos para que os governos não façam leis que ajudem a matar e a destruir a vida de seres humanos. De qualquer cor, de qualquer religião, de qualquer credo político, a vida uma humana mercê respeito, atenção, amor. Lutemos pela vida contra a morte, o crime, a violência destruidora e criminosa.


Dário Pedroso SJ
Labat n.º 99, de Novembro de 2009

O poder da Palavra de Deus transforma corações e sua história


Pelo Arcebispo Charles Chaput
(Síntese da 1.ª parte do ensinamento da Conferência Nacional Católica da Bíblia, em Junho de 2009, em Denver, Colorado, E.U.A.)

No livro "Uma nova canção para o Senhor", do Papa Bento XVI (então cardial Ratzinguer), partilhou a seguinte reflexão: "o facto das palavras de Deus serem aquilo que Deus disse ou está a dizer-nos , estarem acessíveis no mundo é verdadeiramente a notícia mais excitante de todas que eu posso imaginar. Mas muito poucos pensam na palavra de Deus como suficientemente excitante ou merecedora de notícia para ser procurada todos os dias. E por essa razão muitos de nós perdem a mais importante notícia de acontecimento da vida.
A experiência de Deus, o Criador do universo, a falar-nos através da sua Palavra. A Palavra de Deus é tão necessária para a renovação, na nossa vida pessoal e na cultura à nossa volta. Ao longo dos séculos, quando o povo de Deus se desviava d'Ele, a renovação era necessária. De tempos a tempos, na história do povo escolhido e da Igreja de Deus, a renovação veio como sobre a recuperação da Palavra de Deus. A Palavra de Deus tem o poder para transformar corações e também a história. E ao recordarmos esses períodos de renovação na história da salvação podemos aprender importantes lições para os nossos próprios dias.

A renovação do povo de Deus pela recuperação da Palavra de Deus

No Antigo Testamento o mais importante exemplo dramático da renovação da Palavra de Deus é a história de Josias, que podemos encontrar no final do 2.º livro dos Reis ou 2.º de Crónicas. A história de Josias é a história da renovação do povo de Deus através da recuperação da Palavra de Deus, num tempo no qual os líderes e a maioria do povo de Deus tinha assimilado os piores elementos da cultura pagã que os rodeava.

Para renovar a Igreja e o mundo temos que começar por nós próprios

Josias tinha tudo contra si, uma cultura que tinha bebido, por quase duas gerações, o pior da cultura pagã, uma família que estava longe do Senhor, uma imensa responsabilidade e um poder limitadíssimo, entregue a ele numa idade tão jovem.
As coisas tinham-se tornado tão perversas que Israel tinha perdido completamente a Palavra de Deus,
esta cópia foi encontrada num templo praticamente abandonado. Restaurou o templo e a sua oração e pela sua liderança a separação entre Deus e o seu povo foi curada.
A renovação acontece porque Jesus recuperou a Palavra de Deus e tornou-a viável para todos, como dizem as escrituras ele leu as escrituras a todo o povo, adultos e crianças" (2Rs 23, 2).
Precisamos de nos recordar da lição do testemunho de Josias, isto é, precisamos de escutar a Palavra de Deus, não apenas um dia na semana, mas todos os dias, até que ensope profundamente a nossa alma. Isto foi o que Josias fez, e qualquer renovamento pessoal ou eclesial requer que cada um de nós recupere a prática diária de rezar e escutar a Palavra de Deus.
Outra lição chave a reter de Josias é a necessidade de esperança no meio da escuridão. A cultura dos dias de Josias tinha-se capitulado às piores formas de paganismo. A sua perseguição pessoal de santidade voou para o rosto da fraqueza da sua própria família.
O próprio templo de Jerusalém tinha sido convertido num santuário pagão e toda a sua profanidade durou mais do que uma geração. O deus de Israel foi tão completamente abandonado que o livro do Torah se perdeu. Por outras palavras, Josias recusou desesperar-se face à avassaladora tarefa de reformar o povo de Deus. Em vez disso colocou a sua confiança no Senhor e lutou contra as probabilidades.
Deste modo o antigo testamento pode dizer que "a
lembrança de Josias é mistura de incenso, preparado pela arte do perfumista; é como o mel, que é doce em todas as bocas, ou a música num banquete" (Eclo 49, 1). A doçura do mel é tipicamente comparada com a palavra de Deus como é visto no salmo 19,10. Mas desde que Josias embebeu a palavra de Deus tão profundamente no seu coração, a sua memória retém o sabor da doçura da Palavra de Deus. As nossas vidas também devem ser infundidas com a doçe fragância da Palavra de Deusa e a esperança brilhante que nos é trazida no meio dos nossos tempos mais escuros!
Labat n. 99, de Novembro de 2009

20 novembro, 2009

II - Caminhar no Espírito é imitar Jesus


Alimentemos o nosso caminhar no Espírito, nesse fogo e nesse braseiro que renova e transforma nosso coração, com os meios que o Senhor nos oferece: o Sacramento da Eucaristia, a Oração no Espírito, o Sacramento da Confissão, a leitura e reza da Bíblia, o amor ao irmão e a vida em grupo (comunidade). Neste texto convidamos os leitores a partilharem, em primeiro lugar, a Eucaristia.

Eucaristia, dom do Amor

Há uma necessidade constante de actualizarmos a nossa participação na Eucaristia enquanto "escola de Amor", de dom, de entrega, que nos leva a aprender a amar, a servir, a dármo-nos. Se no altar JESUS se dá, é, para terminada a Eucaristia, nos darmos uns aos outros. "Torna-te naquilo que celebras. Sempre comunhão e não divisão", escreve Santo Agostinho.
A 'Exortação Apostólica' de Bento XVI não hesita em afirmar que a "Eucaristia impele todo o que acredita n'Ele a fazer-se pão repartido para os outros e, consequentemente, a empenhar-se por um mundo mais justo e fraterno". E, mais adiante, assegura: É através da realização concreta desta responsabilidade que a Eucaristia se torna na vida, o que significa na celebração". Também o Bispo Emérito do Algarve, Dom Manuel Madureira disse: "Participar na Eucaristia pode perder sentido se não houver comunhão em comunidade.
Nós rezamos antes da comunhão: "Senhor, eu não sou digno que entreis em meu coração, mas dizei uma só palavra e serei salvo". Depois, ao irmos comungar, nos é dito: "Corpo de Cristo"! Ao que nós respondemos: Ámen. Confirmamos desse modo e acreditamos que ELE vai entrar em nós. Então, "sê um membro de Cristo, para que o teu 'Ámen' seja verdade", como nos convida - Santo Agostinho, sermão 277.
É preciso comungar o Cristo total: cabeça e membros. Não me posso limitar a recebê-LO, se não comungar os irmãos. Comungar os outros, ou seja recebê-los em mim, no amor, na partilha, no perdão. É necessário fazer de cada Eucaristia a nossa primeira e última Missa em que aconteça uma experiência de graça única e irresistível. Na sacristia da Catedral de Viterbo, onde está sepultado o único Papa português, Pedro Hispano, que tomou posse com o nome de João XXI (1276-1277), está esta frase: "Vive a Eucaristia como se fosse a tua primeira Missa! Vive a Eucaristia como se fosse a tua última Missa! Vive a Eucaristia como se fosse a tua única Missa!".

A Eucaristia é a memória daquilo que Jesus fez

- "Fazei isto em memória de Mim" - (1 Cor 11, 17 e seg.; Lc 7; Mc 8, 34-38). Fazer memória é tornar presente o facto passado, e a passagem bíblica refere-se à memória de toda a vida de Cristo. "Fazei isto em memória de Mim", é fazer como ELE fez. É dar a vida como Ele deu-a por amor. Nós recebemos Cristo na Eucaristia e Ele recebe-nos. Essas palavras são dirigidas a todos os cristãos. Todos são obrigados a dar a vida por amor.
Façamos memória de toda a vida de JESUS. Fazer memória é actualizar. Fazer memória, de Jesus é fazer da minha vida e da vida da nossa comunidade, uma vida que se dá para que todos tenham vida. JESUS vai ao encontro dos pecadores, dos explorados e oprimidos. JESUS é solidário nas tristezas.
Ao recebermos a Eucaristia, devemos apresentar ao Senhor tudo o que necessitamos. Se precisamos de ser curados, então pedimos a cura, se precisamos de amor e de perdão, pedimos amor e perdão. "Pedi e recebereis". Deve também haver silêncio após a comunhão. Sem cânticos ou ficar depois na Igreja em meditação e contemplação.
Caminhar no Espírito é imitar isto de JESUS.

Caminhar no Espírito

Não é viver segundo os nossos interesses, desejos, vontade ou juízos pessoais; não é deixar-me caminhar segundo os impulsos humanos ou corporais - cf. Gal 5, 16-21.
Mas é viver debaixo da acção do Espírito Santo, deixando-O actuar no meu coração, é eu colaborar e deixar-me conduzir por Ele, eliminando o impedimento aos meus obstáculos e não lhe opondo resistência - cf. Gal 5, 22-25. Este terá de ser um caminhar individual de cada um de nós: Eu, tu, e tu.
"Devemos estar de mãos no Espírito Santo como uma criancinha de dois anos" - Santo Cura d'Airs. E porquê de dois anos? Porque é uma idade em que não se questiona nada, em que se é totalmente confiante, em que não se fazem cálculos de nenhuma espécie.
Não caminhamos sozinhos. Ninguém se salva só. Em ordem à salvação, caminhamos em comunidade - cf. Act 2, 42-47. "Cada um é o apoio dos outros e os outros são o nosso apoio" - Papa S. Leão Magno. Para este nosso caminhar, a misericórdia de Deus Pai de Amor oferece-nos gratuitamente os meios necessários.
Compete a cada um de nós, pedi-los, recebê-los e usá-los. Temos de tomar consciência e acreditar que somos filhos do amor de Deus Pai e, por isso, conduzidos pelo seu Espírito - Rm 8, 14-17. Temos de despojar-nos do homem velho e deixarmo-nos revestir, renovar e transformar em homem novo - Ef 4, 22-24; Ef 4, 30. Somos filhos da Luz - Ef 5, 8-9.
O Espírito Santo abre-nos um caminho novo e vivo (Hb 8, 10) que nos exorta à firmeza na fé, mas espera a nossa colaboração, o nosso querer, o nosso desejo de santificação e uma Vida Nova espiritual para que a nossa transformação se realize. Isso, por vezes, implica exigências que temos de impor a nós próprios, a fim de permanecermos n'Ele e caminharmos com Ele.
Maria Olga
Labat n.º 99, de Novembro de 2009

Acções de Formação e Assembleias Regionais



Vigararias I a IV


Com os grupos pertencentes à paróquias: Ajuda, Alto do Lumiar, Ameixoeira, Amoreiras, Benfica, Bobadela, Carnide, Charneca, Chelas, Coração de Jesus, Graça, Lumiar, Olivais Sul, Pontinha, Portela, Sta. Ingrácia, Sta Isabel, Sta Joana Princesa, Sta Maria de Belém, Sta. Maria dos Olivais; S. Domingues de Benfica, S. João de Deus, S. Jorge de Arroios, S. Mamede.

1.ª Acção de Formação - 17 de Janeiro de 2010 (das 10h00 às 17h30)
2.ª Acção de Formação - 24 de Janeiro de 2010 (das 10h00 às 17h30)
Assembleia Regional - 07 de Fevereiro de 2010 (das 10h00 às 18h00)
Local: Salão Paroquial da Igreja de Cristo Rei, na Portela.


Vigararias XIII a XV


Com os grupos pertencentes às paróquias: Alcobaça, Alfeizerão, Alvorminha, Areia Branca, Atalaia, Bairro, Benedita, Caldas da Rainha,, Casal Novo, Cós, Ferrel, Lourinhã, Marquiteira, Marteleira, Nazaré, Ribamar, Roliça, Senhor Jesus do Carvalhal, S. Martinho do Porto, Vestearia.

1.ª Acção de Formação - 24 de Janeiro de 2010 (das 10h00 às 17h30)
2.ª Acção de Formação - 31 de Janeiro de 2010 (das 10h00 à 17h30)
Assembleia Regional - 14 de Fevereiro de 2010 (das 10h00 às 18h00)
Local: Salão Paroquial da Benedita.


Vigararias V, VI, VII, e XI


Com os grupos pertencentes às paróquias: Alfornelos, Alfragide, Algés, Brandoa, Carcavelos, Casal de Cambra,, Damaia, Ericeira, Falagueira, Linda-a-Velha, Monte Abraão,Nova Oeiras, Oeiras, Parede, Rio de Mouro, S. João do Estoril,, Sintra, Tires.

1.ª Acção de Formação - 31 de Janeiro de 2010 (das 10h00 às 17h30)
2.ª Acção de Formação - 07 de Fevereiro de 2010 (das 10h00 às 17h30)
Assembleia Regional - 21 de Fevereiro de 2010 (das 10h00 às 18h00)
Local: Salão Paroquial da Igreja de Sintra.


Vigararias VIII, IX, X e XII


Com os grupos pertencentes às paróquias: Alhandra, Alverca, Azambuja, Caneças, Odivelas, Ota, Ramada, Loures, Maceira, Penafirme, S. João dos Montes, Santo António dos Cavaleiros, Silveira, Torres Vedras.

1.ª Acção de Formação - 13 de Fevereiro de 2010 (das 10h00 às 17h30)
2.ª Acção de Formação - 20 de Fevereiro de 2010 (das 14h00 às 17h30)
Assembleia Regional - 28 de Fevereiro de 2010 (das 10h00 às 18h00)
Local: Auditório da Igreja de Nossa Senhora do Amparo - Benfica - Lisboa

Labat n.º 99, de Novembro de 2009
 (com acertos posteriores)

19 novembro, 2009

I - Ass. Diocesana do XXXV Aniversário


"Baptizados no Espírito Santo
"
10 de Janeiro de 2010

O P. Bruno e a Equipa coordenadora do Renovamento da Diocese, reunidos em 27 de Outubro, confirmam que a Assembleia comemorativa dos 35 anos do Renovamento na nossa Diocese se realiza no dia 10 de Janeiro (conforme programa diocesano enviado) e não no primeiro domingo de Janeiro como era habitual, para possibilitar que as famílias vivam as festas de Natal e Ano Novo com o seus familiares.
Convidam todos os grupos da Diocese a participarem activamente nesta jornada em que celebramos o Ano Sacerdotal - sacerdócio ministerial e sacerdócio comum.
Todos somos chamados ao crescimento em comunidade através da oração de louvor, carismas de acolhimento, de ensinamento, de escuta, de profecia, de palavra, de intercessão, de adoração, de contemplação, de manifestação de dons e frutos do Espírito Santo, e da vivência cristã da Eucaristia.
Durante todo o dia partilharemos em comunhão, uns com os outros, o fogo do Espírito que recebemos na efusão ou baptismo no Espírito e conjuntamente reacenderemos essa chama em nossos corações.
Saudações no amor da Trindade Santíssima em que o Espírito Santo ilumina as nossas mentes e corações.

Labat n.º 99, de Novembro de 2009

PROGRAMA DIOCESANO

10 de Janeiro de 2010! Assembleia XXXV Aniversário!
Realiza-se no
Auditório da Igreja do Sagrado Coração de Jesus (ao Marquês), em Lisboa.
O tema "Baptizados no Espírito" será apresentado em dois ensinamentos orientados pelo Padre Manuel Morujão, S.J, Secretário e Porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa e Superior da Casa de Escritores (Brotéria).
Aos participantes dos grupos de Oração, expressão do Renovamento Carismático da Diocese de Lisboa, agradecemos vossa divulgação, mobilização e presença para juntos darmos acção de graças e vivermos em comunhão e testemunho na festa de aniversário - durante todo o dia - das 9:00h às 17:30h.
Da parte da manhã - Saudação aos irmãos que vão chegando e Oração de Apresentação ao Senhor pelos que vêm a caminho; Oração de Louvor e Intercessão; Aclamação da Palavra; Ensinamento; Adoração ao Santíssimo Sacramento.
Da parte da tarde - Festa do XXXV Aniversário; Expressão do Renovamento Diocesano; Louvor e intercessão; Ensinamento; Proclamação e Aclamação da Palavra; Eucaristia, momento festivo de aniversário e encerramento.
Pedimos oração a todos vós, para que esta festa comemorativa seja para Glória da Trindade Santíssima e edificação de todos nós.

O apelo da Santidade



No primeiro dia de Novembro celebramos a Solenidade de Todos os Santos e somos chamados a contemplar a beleza de Deus que se reflecte na vida daqueles que O seguem.
Ser santo é deixar rasto de Cristo no meio do mundo, é deixar que a luz e o esplendor de Deus transpareçam através de nossa vida e das nossas obras.
O impulso da santidade é sempre iniciativa de Deus. Jesus rasgou os céus, deu a vida por nós e introduziu-nos no mistério da intimidade divina, tornou-nos filhos de Deus desde o dia do nosso baptismo: “Vede que admirável o Pai nos consagrou em nos chamar filhos de Deus. E somo-lo de facto” (1 Jo 3, 1). O Espírito Santo de Deus acompanha-nos agora com a sua solicitude, como a brisa suave da tarde, possibilitando esta graça de vivermos n’Ele, com Ele e para Ele, para fazermos as obras de Jesus Ressuscitado. Nisto consiste o chamamento que Deus nos faz à santidade – vivermos n’Ele, unidos a Ele, chamados a ser fermento do Reino novo, da vida eterna.
É impressionante ver como as Bem-aventuranças se cumprem na vida de homens e mulheres concretos, de todos os tempos, de todos os estados de vida e nas circunstâncias mais adversas. Olhar para os santos e contemplar a força e o poder da Ressurreição de Jesus que transforma a vida daqueles que acolhem o Evangelho com docilidade e obediência.
Peçamos a intercessão dos Santos, os amigos de Deus, para que nos dê a graça de acolher o chamamento à santidade e, como dizia o Servo de Deus, João Paulo II, aos jovens: “Não tenhais medo de ser santos!”
Neste mês somos ainda chamados a experimentar a comunhão com aqueles que já partiram para as moradas eternas. É um mês carregado de esperança porque somos confrontados com o abraço de Deus que envolve os seus filhos, santos e a caminho de Casa. Confiemos no Bom Pastor que nos conduz aos prados verdejantes e nos acompanha nos vales da morte e nos dá, hoje mesmo, a possibilidade de experimentar a Vida Eterna.
Pe. Bruno Machado
 Editorial do Labat, n.º 99, de Novembro de 2009

08 novembro, 2009

XXXV Aniversário do RCC em Portugal

Dia 7 de Novembro de 2009


ORADOR CONVIDADO


Padre Alfredo Neres


O Padre Alfredo Neres, nasceu em Montes da Senhora – Proença-a-Nova em 24/03/1939.
Aos 12 anos, após a escola primária, começou a trabalhar por conta de patrões. Primeiro no Alentejo (Campo Maior), depois em Paço de Arcos e por fim em Lisboa, no escritório da Couraça.
Enquanto trabalhava começou a estudar de noite, na Escola Comercial Ferreira Borges.
Aos 21 anos, o Senhor chamou-o para a vida Missionária, na Congregação dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus (mccj).
Fez o novociado e estudou Teologia em Itália, primeiro em Milão e depois em Roma.
Foi ordenado Padre em Paço de Arcos aos 32 anos de idade (8/04/1971 – Quinta-feira Santa).
Depois da ordenação sacerdotal, trabalhou 5 anos na Maia, na Pastoral Juvenil e Promoção Vocacional.
Em 1976, partiu para a República Democrática do Congo, então chamado Zaire. Aqui trabalhou 5 anos na pastoral directa, no mato.
Em 1981, foi chamado de novo a Portugal. Após um ano de preparação em Roma, assumiu o trabalho de Mestre de Noviços, em Santarém, até final de 1989.
Em 1990, voltou para o Congo, onde trabalhou até 2003, na pastoral directa e na formação dos Agentes da Pastoral.
Em 2003, voltou doente para Portugal. Após ter recuperado, ficou a trabalhar em Santarém, na animação missionária e promoção vocacional.
Em Agosto de 2006 foi enviado de novo para o Congo, onde se encontra actualmente, na capital, Kinshasa, como formador de Escolásticos Combonianos.
A sua caminhada no Renovamento Carismático Católico (RCC), iniciou-se em Roma, em 1975, onde recebeu a Efusão do Espírito, no grupo Maria, actualmente Comunidade Maria. Onde quer que se tenha encontrado, desde então para cá, tem estado sempre inserido nos grupos de oração, segundo a disponibilidade do seu tempo.
Em Santarém, foi Conselheiro Espiritual do Renovamento, de 1983 a 1990.
O Padre Alfredo Neres recebeu o carisma das curas, provavelmente em 1983, numa Assembleia Nacional do RCC, em Fátima, quando, pela primeira vez, rezou por um sacerdote e este ficou imediatamente curado. Essa cura foi confirmada por sete elementos do Secretariado de Espanha, presentes no momento.
Desde então, este carisma tem-se tornado uma componente fundamental na sua pastoral missionária, confirmando a Palavra de Cristo, e testemunhando que Ele continua hoje a realizar, através dos crentes, o que fez há 2000 anos.
É autor de vários livros:
“Jovens sem fronteiras; reflexões vocacionais para jovens”. Lisboa, Além-Mar, 1978 (esgotado)
“Jesus que dizes de Ti mesmo”, 1983 (esgotado)
“Cenáculos de Oração Missionária”. Lisboa, Além-Mar, 2006 (esgotado)
“Cristo na minha vida”. Lisboa, Além-Mar, 2007.
Tem colaborado regularmente em várias Revistas, como a “Além-Mar”, “Audácia”, “Pneuma” e “Família Comboniana”
Tem orientado muitos retiros e reuniões das quais se destacam, entre nós, em 2006, as duas Assembleias do XXXII aniversário do RCC em Portugal, Comunidade Pneumavita, em Fátima, assim como em 2009 as assembleias do XXXV aniversário.
Em 2009 foi agraciado com a ordem de Mérito Grande Oficial, condecoração que recebeu na Embaixada Portuguesa de Kinshasa, das mãos do Secretário de Estado da Justiça, em representação do Presidente da República. Na altura, o Padre Alfredo Neres disse: “Espero que esta condecoração não seja fruto do meu mérito pessoal, mas simplesmente o reconhecimento do Estado Português, pelo trabalho que muitos missionários e missionárias portugueses têm desenvolvido e continuam a desenvolver no mundo.
Pela caminhada humana, espiritual, missionária e carismática do Pe. Neres, louvemos o Senhor!


Pequena reportagem fotográfica






ORAÇÃO DA MANHÃ
ENSINAMENTO - Pe. Amândio Paínha
Pároco de Vimeiro (N. Sr.ª da Encarnação) Gafanhoeira - S. Pedro - Diocese de Évora


1.º ENSINAMENTO
(Pe. Neres)



HOMILIA

D. José Alves
(Bispo de Évora)



2.º ENSINAMENTO
(Pe. Neres)



3.º ENSINAMENTO
e ORAÇÃO DE CURA
(Pe. Neres)



02 novembro, 2009

TODOS OS SANTOS OU TODOS SANTOS



Lemos muitas vezes e detemo-nos nas vidas dos Santos.


Empolgam-nos essas vidas e sempre sentimos um sentimento de amor por eles e sobretudo pelo Nosso Deus que constrói e se faz presente nessas vidas.

Só que muitas vezes também, ligamos mais ao “acessório” que ao essencial. Quedamo-nos maravilhados com os milagres operados pela sua intercessão, (e não nos esqueçamos que os milagres são de Deus e que os Santos “apenas” intercedem), que passam a fazer parte da nossa memória, e repetimo-los vezes sem conta àqueles com quem conversamos, para tentarmos mostrar o amor e o poder de Deus vivo e presente no meio de nós e em nós.

E não tem mal nenhum fazê-lo, antes pelo contrário, são sinais da presença e do amor de Deus, mas temos de ir muito para além disso.

Com efeito, ao lermos e meditarmos na vida dos Santos, temos de ter sempre presente em nós, que o maior milagre que Deus faz, é a vida de cada um, e que as vidas dos Santos nos devem servir de testemunho, de exemplo, de guia.

Como se comportam os Santos perante as contrariedades?
Como vivem os Santos as alegrias?
Como enfrentam os Santos as tristezas?
Como aceitam e vivem os Santos o sofrimento?
Como vivem os Santos as suas vidas de oração?
Como vivem os Santos no seu dia a dia, (sobretudo estes Santos nossos contemporâneos), a sua entrega a Jesus Cristo e O reflectem para os outros?
Quais as atitudes dos Santos perante as questões da vida, na família, na sociedade e até na política?

A lista seria interminável, mas cada um de nós deve na especificidade da sua vida, de família, de trabalho, de sociedade, encontrar na vida dos Santos a resposta que deram e viveram cada situação, iluminados pela graça de Deus.

E que diferença fazem os Santos de cada um de nós?
Não nasceram como nós de um pai e de uma mãe?
Não passaram pelas mesmas fases de crescimento?
Não tiveram que aprender tudo como cada um de nós?
Foi-lhes dada por Deus alguma coisa mais que a cada um de nós não tenha sido dado?

Sabemos bem a resposta a estas perguntas e que nos leva, quer queiramos quer não, a sabermos que os Santos foram em tudo iguais a nós, mulheres e homens frágeis e pecadores como cada um de nós, mas que viveram tendo como Mestre e Senhor das suas vidas Jesus Cristo, e que em cada momento das suas vidas tudo Lhe entregaram e confiaram, desde o momento mais importante, à decisão mais simples e comezinha.

Então, se permaneciam na Videira, se eram verdadeiramente os ramos da Videira, recebiam da sua seiva e deixavam-se podar de tudo aquilo que precisava ser podado.
Nesta comunhão diária, feita de amor, de entrega e oração, é então Deus que se revela neles, que se revela nos sinais que opera através deles, pois estão-Lhe tão próximos que não os pode deixar de ouvir e atender e porque essa proximidade, essa intimidade, os leva sempre a pedir aquilo que é da vontade de Deus.

E nós não o podemos fazer? Não podemos viver assim também?
Claro que sim, que podemos, mas para isso temos de sair de nós próprios, dos nossos medos, dos nossos confortos, (sejam eles quais forem), das nossas certezas e sobretudo percebermos que cada um de nós é santo por vontade de Deus e que por isso mesmo basta aceitá-la e vivê-la, amando-O acima de todas as coisas, e ao próximo como a nós mesmos.

Em cada momento das nossas vidas “fazer” Cristo presente, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na família e no trabalho, nas decisões mais importantes e nas decisões mais simples, sermos Igreja em cada momento, porque em Igreja, Deus está sempre presente e o Seu Espírito Santo ilumina, fortifica e conduz.

Ser santo é ser filho de Deus e fazer a Sua vontade em tudo.

Joaquim Alves