11 julho, 2019

Faleceu Vincent Lambert. Santa Sé: uma derrota para a humanidade


Manifestantes por Vincet Lambert  (AFP or licensors)

Vincent Lambert faleceu às 8h24 desta quinta-feira (11/07) no hospital de Reims, em França. A notícia foi dada pelo sobrinho. Num tuíte, a Pontifícia Academia para a Vida fala de uma derrota para a nossa humanidade. Em declaração da Sala de Imprensa da Santa Sé, foi dado o pesar pelo falecimento do enfermeiro francês de 42 anos.

Cidade do Vaticano
Vincent Lambert completaria 43 anos no próximo mês de setembro. O enfermeiro francês faleceu na manhã desta quinta-feira (11/07) no hospital de Reims, no norte de França, onde se encontrava internado.
Desde o dia 2 de julho, há nove dias, tinha-lhe sido suspensa a alimentação e hidratação após uma longa batalha legal. Vincent não se encontrava no fim de vida. Há mais de 10 anos estava em estado com consciência mínima – para alguns, em estado vegetativo – para outros, após o acidente automobilístico que o deixou tetraplégico.  

Tuíte do Pontífice
O Papa Francisco fez vários apelos sobre o caso. Esta quarta-feira (10/07), num tuíte, o Santo Padre disse: “Rezemos pelos enfermos que são esquecidos e abandonados à morte. Uma sociedade é humana se protege a vida, toda a vida, do início até ao seu fim natural, sem escolher quem é digno ou não para viver. Que os médicos sirvam a vida, não a tirem”. 

Tuíte da Pontifícia Academia para a Vida
Esta quinta-feira, num tuíte, a Pontifícia Academia para a Vida escreve: “Dom Paglia e toda a Pontifícia Academia para a Vida rezam pela família de Vincent Lambert, para os médicos, por todas as pessoas envolvidas neste caso. A morte de Vincent Lambert e a sua história são uma derrota para a nossa humanidade”. 

Declaração da Sala de Imprensa da Santa Sé
E no final da manhã desta quinta-feira o diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti, fez a seguinte declaração: “Recebemos com pesar a notícia da morte de Vincent Lambert. Rezamos a fim de que o Senhor o acolha na sua Casa e expressamos a nossa proximidade aos seus entes queridos e a todos aqueles que, até ao último momento, se empenharam em assisti-lo com amor e dedicação. Recordamos e reiteramos o que disse o Santo Padre, pronunciando-se sobre este caso doloroso: Deus é o único dono da vida do início até o fim natural e é nosso dever protegê-la sempre e não ceder à cultura do descarte”.

Batalha legal
A suspensão da hidratação e alimentação autorizada em 2 de julho tinha sido determinada pelo Tribunal de Recursos que anulara a decisão do Tribunal de Apelação de prosseguir o tratamento à espera do parecer do Comité da Onu para os Direitos das pessoas necessitadas de cuidados especiais.
De facto, o organismo das Nações Unidas tinha solicitado a França, seis meses para examinar o caso. Jean e Viviane, seus pais, travaram uma árdua batalha legal para impedir que fossem interrompidas a alimentação e hidratação do filho, que o mantinham em vida.
A esposa Rachel e os médicos que tratavam dele tinham parecer contrário. Os médicos consideravam uma “insensata obstinação” mantê-lo em vida. Para outros houve uma “insensata obstinação” em fazê-lo morrer.

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VN

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