20 dezembro, 2018

Papa aos funcionários do Vaticano: santidade é o caminho da alegria de Natal

 
 
“Este já é o meu sexto Natal como Bispo de Roma, e confesso que aqui conheci muitos santos e santas. Geralmente, são pessoas que trabalham no escondimento, com simplicidade e modéstia, mas são pessoas alegres, devido à sua serenidade interior que transmitem aos outros”, disse Francisco.
 
Manoel Tavares - Cidade do Vaticano

O Santo Padre encontrou no final da manhã desta sexta-feira, na Sala Paulo VI, os Funcionários da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano, com suas respectivas famílias, para as felicitações de Natal.

Falando sobre a Natividade de Jesus, celebrada no mundo inteiro, o Papa explicou:

“O Natal é, por excelência, uma festa alegre, mas, muitas vezes, percebemos que as pessoas e, talvez, nós mesmos, estamos preocupados com tantas coisas que, no final, não há alegria, ou, se existir, seria muito superficial. Porquê?”

E o Papa respondeu a esta questão citando uma expressão do escritor francês, Léon Bloy: "Só há uma tristeza... a de não serem santos". Logo, o contrário da tristeza é a alegria, que está ligada ao facto de serem santos. A mesma coisa acontece com a alegria do Natal.

Neste sentido, Francisco convidou a olhar para o presépio: quem está feliz no presépio? E respondeu:

“Quem está feliz no presépio são Nossa Senhora e São José. Eles ficam repletos de alegria ao olhar o Menino Jesus na manjedoura; ficam felizes porque, depois de tantas preocupações, aceitaram este dom de Deus, com muita fé e amor. Eles transbordam de santidade, de alegria”.

Muitos podem pensar que isto é fácil, porque são os pais de Jesus. Pelo contrário, não foi fácil para eles, pois não nasceram santos, mas tornaram-se. Depois, Francisco recordou também a grande alegria dos Pastores. Eles são santos porque, ao receberem o anúncio dos Anjos, foram imediatamente até à gruta e viram o sinal que a Estrela lhes tinha indicado: uma Criança na manjedoura.

Logo, disse o Santo Padre, a santidade deles está representada na sua capacidade de se maravilharem diante dos dons de Deus, das suas "surpresas". E, neste caso, o maior presente e a maior e nova surpresa é Jesus.

Olhando o presépio, vemos outros tantos personagens que vão adorar o recém-nascido, que representam as diversas classes da sociedade. O gesto deles é santificado pela presença do Menino Jesus, que veio entre nós.

E, referindo-se ao mundo do trabalho dos numerosos funcionários da Santa Sé e do Vaticano, o Papa disse que também ali há santidade. E acrescentou:

Este já é o meu sexto Natal como Bispo de Roma, e confesso que aqui conheci muitos santos e santas. Geralmente, são pessoas que trabalham no escondimento, com simplicidade e modéstia, mas são pessoas alegres, devido à sua serenidade interior que transmitem aos outros”.

Mas, de onde vem esta serenidade, perguntou o Pontífice? Provém sempre de Jesus, o Emanuel, Deus connosco. Ele é a fonte da nossa alegria, tanto pessoal, como familiar e no trabalho.

O Santo Padre concluiu o seu pronunciamento, por ocasião da Natividade do Senhor, fazendo votos de que todos sejam santos e felizes, com o nosso caráter, os nossos defeitos e até nossos pecados. Por fim, exortou:

“Queridos irmãos e irmãs, não tenhamos medo da santidade, pois ela é o caminho da alegria. Feliz Natal a todos!”.

VN

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