10 agosto, 2018

Papa aos cavaleiros de Colombo: caridade e Evangelho da família

 
 Convenção suprema dos Cavaleiros de Colombo, em Baltimor, EUA (08.08.2018)
 
Na mensagem, Francisco “encoraja os esforços perseverantes dos cavaleiros de Colombo, a todos os níveis, para testemunhar o amor de Deus através do amor concreto e a solidariedade para com os pobres e os necessitados”.
 
Cidade do Vaticano

O Papa Francisco renovou aos cavaleiros de Colombo, por ocasião da convenção anual destes, realizada de 7 a 9 de agosto em Baltimor, nos EUA, gratidão pelo compromisso em “proclamar o Evangelho da família” – nas vésperas do encontro mundial de Dublin – e pelo apoio aos cristãos do Médio Oriente que “suportam preconceitos e perseguições por causa de sua fé”.

Por uma sociedade fraterna mediante a formação cristã

Dois mil herdeiros espirituais do Venerável Pe. Michael McGivney – representando os quase dois milhões presentes hoje no mundo inteiro – reuniram-se pela 136ª vez na arquidiocese primacial estadunidense, escolhendo este ano como lema “Cavaleiros de caridade”. 

União inseparável de fé e caridade

Numa mensagem em inglês ao cavaleiro supremo Carl A. Anderson – assinada pelo cardeal secretário de Estado Pietro Parolin –, o Pontífice evoca o carisma fundacional e a admirável história da ordem, com “a união inseparável de fé e caridade” que levou os primeiros cavaleiros a trabalhar por uma sociedade fraterna através da formação cristã e o apoio recíproco dos membros.

Uma realidade ainda atual, observa a mensagem pontifícia, visto que nos nossos dias, o Santo Padre pede a toda a Igreja uma renovada consciência da “nossa responsabilidade de ser custódios uns dos outros e de viver concretamente a fé que se expressa através do amor”. 

Solicitude pelos mais pequeninos dos irmãos e irmãs

E ao fazê-lo, mediante a recente exortação apostólica sobre o chamamento à santidade, “Francisco fala das bem-aventuranças como “carta de identidade” que mostra que somos verdadeiros seguidores de Cristo”. Ademais, “nelas está delineado o rosto do Mestre, que somos chamados a deixar transparecer no dia-a-dia da nossa vida” (Gaudete et Exsultate, 63), de modo especial através da amorosa solicitude pelo menor dos irmãos e das irmãs.

“Os grandes santos, cuja imitação de Cristo continua inspirando-nos, uniam diariamente fé, oração e caridade prática” – prossegue a mensagem. 

Solidariedade para com os pobres e necessitados

Por este motivo, o Papa “encoraja os esforços perseverantes dos cavaleiros de Colombo, a todos os níveis, para testemunhar o amor de Deus através do amor concreto e a solidariedade para com os pobres e os necessitados”.

Daí, o enaltecimento pelos “inúmeros atos de caridade praticados habitualmente de modo silencioso” pelos membros dos Conselhos – as articulações locais da ordem – que “mostram a verdade das palavras de madre Teresa de Calcutá”: Deus “humilha-Se e serve-Se de nós, de ti e de mim, para sermos o seu amor e a sua compaixão no mundo... Ele depende de nós para amar o mundo e demonstrar-lhe o muito que o ama” (Gaudete et Exsultate, 107). 

Iniciativas tragam frutos de uma caridade criativa

Com a esperança expressa pelo Pontífice de que o programa dos cavaleiros “Fé na ação”, acompanhada da outra iniciativa “Ajudar as mãos”, tragam os frutos de uma caridade criativa sempre mais apta às novas formas de pobreza e da necessidade humana que emergem na sociedade atual.

Em particular, a mensagem faz referência às famílias: efetivamente, no tempo em que se prepara para ir à Irlanda para o encontro mundial, o Papa agradece aos cavaleiros de Colombo do mundo inteiro pelo encorajamento “aos homens na sua vocação de maridos e pais católicos e a defesa deles à autentica natureza do matrimónio e da família no seio da sociedade”.

E faz votos de que eles continuem a ser guias sobretudo para os jovens, “que num mundo repleto de luzes contrárias ao Evangelho, buscam permanecer fiéis discípulos de Cristo e fiéis filhos da Igreja”. 

Caridade em prol dos cristãos perseguidos no Médio Oriente

Por fim, Francisco louva a caridade da ordem “a favor dos nossos irmãos e irmãs” cristãos perseguidos no Médio Oriente e pede que continuem a rezar pela paz na região, a conversão dos corações, o diálogo e a justa resolução dos conflitos.

(L'Osservatore Romano)

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