04 janeiro, 2018

AS “NOTÍCIAS” SOBRE A IGREJA

 
 
 
 
As “notícias” nos jornais, televisões, revistas, etc., sucedem-se a um ritmo impressionante, criando casos, ou “denunciando”, segundo eles, ataques ao Papa Francisco, obviamente pelos sectores ditos conservadores da Igreja, Cardeais, Bispos, Sacerdotes, Leigos, etc., etc.

Este tipo de jornalismo tem apenas um fim: desacreditar a Igreja e a religião católica.

Aproveitando o facto do Papa Francisco ser muito mais mediático do que os seus antecessores, dá-se notícia de todos os problemas, (a que chamam oposição), para sustentar esta teoria do ataque ao Papa Francisco.
Quem se quiser lembrar, (e é fácil procurar), poderá constatar que Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI, (para referir apenas estes), sofreram os mesmos problemas, ou idênticos, mas que, por não serem tão mediáticos, não foram notícia maciça na comunicação social.
Desenganemo-nos, pois este tipo de jornalismo não está preocupado com o Papa Francisco nem com a Igreja, está preocupado sim em fazer passar o seu desiderato de afirmação do politicamente correcto, das ditas causas facturantes, que destroem a família e a sociedade, e para isso, claro, é preciso desacreditar a Igreja Católica e o Cristianismo.

Mas todos nós, ou pelo menos uma grande parte de nós, que falamos, escrevemos, opinamos, etc., publicamente nas redes sociais e não só, somos também culpados, porque publicamos tais “notícias”, criamos debates sobre as mesmas, e assim, provocamos muito mais divisão do que união.

A Igreja, graças a Deus, vive da unidade, reconhecendo a sua diversidade.
A Igreja, como Cristo, não exclui, mas apenas inclui, ou deve incluir.
Desde que em unidade com aquilo que a Igreja diz na sua Doutrina, na sua Tradição, nos seus Documentos Dogmáticos, e portanto em união com o Papa e o Magistério, as Missas podem ser em latim, (com mais ou menos pompa), a Comunhão pode fazer-se na mão, (desde que seguindo os preceitos para tal estabelecidos), e tantas outras coisas que são alvo de discussão entre os chamados conservadores e os chamados progressistas, tudo é possível e tudo é agradável a Deus, porque é vivido em unidade de Igreja.

Aliás a imagem da Igreja como Corpo de Cristo, é particularmente interessante quando pensamos nisto.
O corpo é um todo, com mãos, pernas, etc., e não é perfeito se lhe faltar alguma parte.
No entanto eu posso preferir usar a mão esquerda ou a direita, posso preferir cruzar a perna direita ou a esquerda, mas nada disso impede que o corpo não seja corpo e não esteja unido e coeso.
Não faz sentido, (e ninguém o faria porque causava dor a si próprio), cortar uma mão, um braço ou uma perna, por exemplo, porque por qualquer razão essa parte do seu corpo não lhe é querida.

Assim, todos têm lugar na Igreja, desde que respeitem tudo aquilo que a Igreja é, ou melhor, que Jesus Cristo quer que seja, e isso está bem determinado ao longo dos séculos que a mesma Igreja já tem de longevidade, pela graça de Deus, até aos dias de hoje e para sempre, guiada pelo Espírito Santo.

Não demos a quem está de fora e deseja destruir a Igreja, razões para acreditar que o pode fazer, mas unamo-nos no amor a Deus e aos irmãos, (todos sem excepção), e rezemos unidos, embora vivendo a fé na diversidade de cada um ou de cada grupo, mas unidos em Igreja.

Os problemas de uma família discutem-se em família.
Ninguém traz para a praça pública a discussão dos seus problemas de família.

Assim devemos também fazer em Igreja, para não darmos azo a que outros, a quem move apenas o mundo, o politicamente correcto, possam vir deitar “achas na fogueira” da discórdia, da divisão, porque apenas um fogo deve consumir a Igreja e os seus membros, e esse fogo é o Espírito Santo.

Rezemos pelo Papa Francisco, pela Igreja e por todos nós que vivemos a fé em Igreja, e não demos “audiência” a quem não procura a verdade, mas pelo contrário, apenas pretende impor o seu modo de vida, conduzido pelo príncipe do mundo.


Marinha Grande, 3 de Janeiro de 2018 
Joaquim Mexia Alves

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