30 junho, 2017

Solenidade de S. Pedro e Paulo, Padroeiros de Roma



(RV) A Praça São Pedro amanheceu em festa hoje, quinta-feira, dia 29 de Junho de 2017, colorida com tapetes de flores de várias confrarias e comunidades que vieram celebrar a Solenidade de São Pedro e Paulo, padroeiros de Roma e alicerces da Igreja Católica.

O Papa Francisco celebrou a missa com os 36 arcebispos metropolitanos nomeados no último ano. Na cerimónia, o Papa abençoou e entregou o pálio aos novos arcebispos. Desde 2015, esta faixa não é mais colocada pessoalmente pelo Papa nos ombros dos arcebispos; a imposição é realizada nas respectivas arquidioceses pelo Núncio Apostólico no país.

O pálio é o símbolo do serviço e da promoção da comunhão na própria Província Eclesiástica e em comunhão com a Sé Apostólica. Elaborado com lã branca, tem cerca de 5cm de largura e dois apêndices – um na frente e outro nas costas. Possui seis cruzes bordadas em lã preta.

É confeccionado pelas monjas beneditinas do Mosteiro de Santa Cecília, em Roma, utilizando a lã de dois cordeiros que são oferecidos ao Papa no dia 21 de Janeiro de cada ano na Solenidade de Santa Inês.

O pálio passou a ser usado pelos Metropolitanos a partir do século VI, tradição que perdura até aos nossos dias. Nos primeiros séculos do Cristianismo, era exclusivo dos Papas.
A liturgia de hoje, disse Francisco, na homilia,  oferece três palavras essenciais para a vida do apóstolo: confissão, perseguição, oração.
“Quem sou Eu para ti?” é, prosseguiu o Papa, a pergunta que Jesus dirige a todos nós e, de modo particular, a nós Pastores. É a pergunta decisiva, face à qual não valem respostas de circunstância, porque está em jogo a vida: e a pergunta da vida pede uma resposta de vida”.

Daí a questão fundamental de saber se, disse o Santo Padre, somos ‘Seus’ não só por palavras, mas com os fatos e a vida:

“Somos cristãos de parlatório, que conversamos sobre como andam as coisas na Igreja e no mundo, ou apóstolos em caminho, que confessam Jesus com a vida, porque O têm no coração?” questionou Francisco advertindo que quem confessa Jesus, faz como Pedro e Paulo: segue-O até ao fim; não até um certo ponto, mas até ao fim, e segue-O pelo seu caminho, não pelos nossos caminhos. 

O Papa passou em seguida à segunda palavra: perseguições.

“Também hoje, disse, em várias partes do mundo, por vezes num clima de silêncio – e, não raro, um silêncio cúmplice –, muitos cristãos são marginalizados, caluniados, discriminados, vítimas de violências mesmo mortais, e não raro sem o devido empenho de quem poderia fazer respeitar os seus direitos sagrados”.

A terceira palavra é oração. Francisco disse

“A vida do apóstolo, que brota da confissão e desagua na oferta, flui dia-a-dia na oração. A oração é a água indispensável que alimenta a esperança e faz crescer a confiança. A oração faz-nos sentir amados e permite-nos amar. Faz-nos avançar nos momentos escuros, porque acende a luz de Deus na escuridão da nossa vida. Na Igreja, é a oração que nos sustenta a todos e nos faz superar as provações. 

Afirmando que “a oração é a força que nos une e sustenta, é o remédio contra o isolamento e a auto-suficiência que levam à morte espiritual”, o Papa exortou:  “Como é urgente haver hoje, na Igreja, mestres de oração, mas antes de tudo, homens e mulheres de oração, que vivem a oração!”.

Concluindo a sua homilia, Francisco assegurou aos cardeais e arcebispos que o Senhor estará perto de todos “na opção de viver para o rebanho imitando o Bom Pastor”, e saudou a delegação do Patriarcado Ecuménico enviada pelo, disse, “querido Irmão Bartolomeu” em sinal de comunhão apostólica.

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