07 dezembro, 2016

Audiência: a esperança cristã é dos pequeninos




(RV) Quarta-feira, dia 7 de dezembro: na audiência geral na Sala Paulo VI o Papa iniciou um ciclo de catequeses sobre o tema da esperança cristã. De modo particular neste tempo litúrgico do Advento “é importante refletir sobre a esperança” – disse o Santo Padre.

Francisco fez referência ao profeta Isaías que, por ordem de Deus consola e encoraja o seu povo exilado na Babilónia. Com o exílio, perdeu tudo: a pátria, a liberdade, a dignidade e até a confiança em Deus. Sentia-se abandonado e sem esperança. Tudo na vida lhe parecia um deserto; mas é precisamente aí que Deus decidiu descer.

O Santo Padre recordou também João Batista que grita: «Preparai o caminho do Senhor endireitai as suas veredas» e o facto de que no tempo de Batista o povo israelita sofria sob a dominação dos Romanos, que o tornava estrangeiro na sua própria pátria, governado pelos poderosos que decidiam como queriam da vida do povo.

Mas a verdadeira história não é a história feita pelos poderosos mas pelos pequenos afirmou o Papa:

“Mas a verdadeira história não é aquela feita pelos poderosos, mas aquela feita por Deus juntamente com os seus pequeninos. Aqueles pequenos e simples que encontramos com Jesus quando nasce: Zacarias e Isabel, idosos e marcados pela esterilidade, Maria, jovem rapariga virgem prometida em casamento a José, os pastores de Belém, que eram desprezados e não contavam nada. São os pequeninos, tornados grandes pela sua fé, os pequeninos que sabem continuar a esperar.”

“Deixemo-nos ensinar a esperança, aguardemos confiantes a vinda do Senhor e então os desertos da nossa vida, sejam eles quais forem, transformar-se-ão num jardim florido” – disse o Santo Padre no final da sua catequese.

Nas saudações destaque para a mensagem do Papa aos peregrinos de língua portuguesa, em particular, a um grupo de jovens de Lisboa, a quem disse para procurarem sempre o “olhar de Nossa Senhora que conforta todos aqueles que estão na provação e mantém aberto o horizonte da esperança”.

No final da audiência geral o Papa Francisco fez um apelo contra a corrupção e pelos direitos humanos:

“ Nos próximos dias acontecem duas importantes jornadas promovidas pelas Nações Unidas: contra a corrupção no dia 9 de dezembro e aquela pelos direitos humanos de dia 10 de dezembro. São duas realidades estreitamente ligadas: a corrupção é o aspeto negativo a combater, a começar pela consciência pessoal e vigiando sobre os ambientes da vida civil, especialmente, sobre aqueles mais em risco; os direitos humanos são o aspeto positivo a ser promovido com decisão sempre renovada, para que ninguém seja excluído do efetivo reconhecimento dos direitos fundamentais da pessoa humana. O Senhor nos apoie neste dúplice compromisso.”

O Papa Francisco a todos deu a sua bênção!

(RS)

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