14 maio, 2016

Papa: respostas políticas, sociais e económicas à crise dos migrantes




(RV) O Papa recebeu ao fim da manhã desta sexta-feira, (13/5), cerca de 300 participantes na Conferência internacional da Fundação “Centesimus Annus – Pro Pontifice”.  O tema do encontro é “A iniciativa empresarial na luta contra a pobreza. Emergência refugiados, o nosso desafio”.

No seu discurso, o Papa partiu do tema abordado pela Conferência em relação à contribuição da comunidade internacional na luta contra a pobreza, com referência particular à actual crise dos refugiados, uma obrigação moral e uma questão humanitária delicada:

“A crise dos refugiados, cujas proporções estão aumentando dia a dia, é uma daquelas à qual me sinto bastante próximo. Na minha visita à Ilha de Lesbos fui testemunha das tristes experiências de sofrimento humano, sobretudo das famílias e das crianças. Por isso, a comunidade internacional é convidada a dar respostas políticas, sociais e económicas a tais dramas que ultrapassam os confins nacionais e continentais”.

A luta contra a pobreza, frisou o Papa, não é somente um problema económico, mas sobretudo moral, que apela a uma solidariedade global e ao desenvolvimento de inteiras populações. A actividade económica deve estar ao serviço da pessoa humana e do bem comum. E acrescentou:

“Uma economia de exclusão e de iniquidade levou a um grande número de pessoas a serem deserdadas e descartadas como improdutivas e inúteis. Seus efeitos são percebidos até nas sociedades mais desenvolvidas, onde o crescimento da pobreza e da decadência social representa uma série ameaça às famílias e aos jovens”.

De facto, afirmou ainda o Santo Padre, o índice de desemprego juvenil é um escândalo e deve ser enfrentado com urgência como uma verdadeira epidemia social; é roubada a esperança da nossa juventude e esbanjadas as suas grandes energias, criatividades e intuições.

Francisco concluiu as suas palavras exprimindo a sua esperança de que esta Conferência internacional possa contribuir para gerar novos modelos de progresso económico orientados para o bem comum, à inclusão e desenvolvimento integral, o incremento do trabalho e investimento nos recursos humanos. A sua vocação é servir a dignidade humana, a construção de um mundo mais solidário e a civilização do amor, que abraça a justiça e a paz.

(BS/MT)

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