27 maio, 2016

Corpo de Deus. Papa convida a repartir a vida pelos outros


(RV) Quinta-feira, 26 de maio, Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo – o Papa Francisco celebrou Missa no adro da Basílica de S. João de Latrão e após a celebração prosseguiu em Procissão Eucarística até à Basílica de Santa Maria Maior. Na sua homilia lembrou a força da Eucaristia para repartir a vida pelos outros. O Santo Padre referiu os cristãos que repartiram a vida para defenderem a dignidade de todos.

“Fazei isto em memória de mim” – foi com estas palavras que Francisco iniciou a sua homilia na Festa do Corpo de Deus. O Papa recordou Jesus que diz aos discípulos para “repetirem o gesto com o qual instituiu o memorial da sua Páscoa”: a Eucaristia tem sempre Jesus como sujeito, mas atua “através das nossas pobres mãos” – disse o Santo Padre que referiu que Jesus, perante as multidões cansadas e esfomeadas, descritas no Evangelho, diz aos discípulos para darem eles próprios de comer os dois peixes e os cinco pães:

“É claro que este milagre não quer apenas saciar a fome de um dia, mas é sinal daquilo que Cristo entende cumprir para a salvação de toda a humanidade dando a sua carne e o seu sangue. Todavia, é preciso sempre passar através daqueles dois pequenos gestos: oferecer os poucos pães e peixes que temos; receber o pão repartido das mãos de Jesus e distribuí-lo a todos.”

Na força da Eucaristia repartir pelos outros, esta a ideia apresentada pelo Papa Francisco recordando tantos “santos e santas – famosos ou anónimos – que se repartiram a si próprios para dar de comer aos irmãos”:

”Quantas mães, quantos pais, juntamente com o pão de cada dia, partido na mesa de casa, repartiram o seu coração para criar os filhos e fazê-los crescer bem! Quantos cristãos, como cidadãos responsáveis, repartiram a própria vida para defenderem a dignidade de todos, especialmente dos mais pobres, marginalizados e discriminados!”

Nas palavras do Papa Francisco também a Procissão Eucarística que decorreu após a Missa é um gesto “para dar de comer à multidão de hoje” para repartir “a nossa vida” como “sinal do amor de Cristo para esta cidade e para o mundo inteiro” – disse o Santo Padre no final da sua homilia.

(RS)

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