11 fevereiro, 2016

Papa: na Quaresma podar falsidade, mundanidade e indiferença


(RV) Na Quarta-feira de Cinzas o Papa Francisco celebrou a Eucaristia na Basílica de S. Pedro com o rito da imposição das cinzas e, neste Ano Santo, presidiu ao envio dos Missionários da Misericórdia. O Santo Padre disse-lhes para ajudarem a abrir a porta dos corações:

“Caros irmãos, podeis ajudar a abrir as portas dos corações, a superar a vergonha, a não fugir da luz. Que as vossas mãos abençoem e aliviem os irmãos e as irmãs com paternidade; que através de vós o olhar e as mãos do Pai se ponham sobre os filhos e curem as feridas” – afirmou o Papa Francisco.

Na homilia do primeiro dia da Quaresma deste ano de 2016 o Santo Padre indicou a oração, a caridade e o jejum como caminhos aos quais nos chama Jesus, que é a Porta que “vence o pecado e nos levanta das misérias”.

O “primeiro passo do caminho cristão” é “reconhecer-se necessitado da misericórdia” e “entrar através da porta aberta que é Cristo” – disse o Papa ressaltando que Jesus nos oferece uma vida nova e alegre.

Contudo, podem existir obstáculos – advertiu o Santo Padre – como por exemplo a tentação de “blindar as portas” do coração, convivendo com o pecado, “minimizando-o” e “justificando-o”.

Desta forma – reforçou o Papa – podemos ficar prisioneiros do mal e de um outro obstáculo que é a vergonha que, no entanto, poderá ser um “bom sintoma” – referiu o Santo Padre – “porque indica que nos queremos distanciar do mal”.

Não ficarmos fechados em nós próprios mas ir na direção de Jesus para nos “deixarmos reconciliar” com Ele é a solução apresentada pelo Papa Francisco. Uma solução com três medicamentos: oração, caridade e jejum que servem para podar a falsidade, a mundanidade e a indiferença:

“Jesus chama-nos a viver a oração, a caridade e o jejum com coerência e autenticidade, vencendo a hipocrisia. A Quaresma seja um tempo de benéfica poda da falsidade da mundanidade e da indiferença; para não pensar que tudo vai bem se eu estou bem; para entender que o que conta não é a aprovação, a busca de sucesso ou do consenso, mas a limpeza do coração e da vida; para reencontrar a identidade cristã, ou seja, o amor que serve, não o egoísmo que se serve.”

O Papa Francisco concluiu a sua homilia formulando um convite para caminharmos juntos como Igreja olhando o Crucifixo:

“Coloquemo-nos em caminho juntos, como Igreja, recebendo as Cinzas, também nós seremos cinzas, e mantendo fixo o olhar no Crucifixo. Ele, amando-nos, convida-nos a deixarmo-nos reconciliar com Deus e a regressar a Ele, para nos reencontrar.”

(RS)

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