10 agosto, 2015

Angelus: atitude da fé para o mundo e para a vida eterna

(RV) Domingo, 9 de agosto, grande multidão na Praça de S. Pedro para o Angelus do Papa Francisco. O Santo Padre referiu-se ao Evangelho de S. João no seu sexto capítulo que marca o XIX Domingo do Tempo Comum.

Após o milagre da multiplicação dos pães, Jesus explica-nos o significado deste sinal – afirmou o Papa salientando que tal como tinha feito anteriormente com a Samaritana, partindo da experiência da sede e do sinal da água, Jesus na leitura deste domingo parte da experiência da fome e do sinal do pão para se revelar e convidar a crer n’Ele.

Jesus afirma que o verdadeiro pão descido do céu é Ele – continuou o Papa – que recordou que essa afirmação foi motivo de escândalo para muitos que o seguiam revelando que é assim que Jesus nos introduz na “dinâmica da fé”. Essa dinâmica é uma “relação” explicou o Papa pois não basta encontrar Jesus e ler a Bíblia para acreditar, é preciso a fé que só acontece quando deixamos que o Espírito Santo nos faz entrar “na relação de amor e de vida que há entre Jesus e Deus Pai”:

“Então, com esta atitude de fé, podemos compreender também o sentido do “Pão da Vida” que Jesus nos dá e que Ele exprime assim: “Eu sou o pão vivo, descido do céu. Quem come deste pão viverá para sempre e o pão é a minha carne para a vida do mundo”. Em Jesus na sua “carne” – ou seja, na sua humanidade concreta – está presente todo o amor de Deus, que é o Espírito Santo. Quem se deixa atrair por este amor vai em direção a Jesus com fé e recebe d’Ele a vida, a vida eterna.”

Quem viveu a experiência da fé de modo exemplar foi Maria, a Virgem de Nazaré: a primeira pessoa humana que acreditou em Deus acolhendo a carne de Jesus – sublinhou o Papa Francisco.

Após a recitação do Angelus o Papa Francisco referiu-se ao 70º aniversário dos bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki no Japão durante a II Guerra Mundial que aconteceram nos dias 6 e 9 de agosto em 1945. A este propósito o Santo Padre reafirmou a necessidade de repudiar sempre a guerra:

“Esta triste comemoração apela-nos sobretudo a rezar e a empenharmo-nos pela paz, para difundir no mundo uma ética da fraternidade e um clima de serena convivência entre os povos. De todas as terras se levante uma única voz: não à guerra, não à violência, sim ao diálogo, sim à paz! Com a guerra perde-se sempre. O único modo de vencer uma guerra é não fazê-la.”

O Papa Francisco exprimiu também a sua preocupação pelas recentes notícias que chegam de El Salvador, onde nos últimos tempos se têm agravado as condições da população e um aumento da violência devido à carestia e à crise económica. O Santo Padre encorajou o povo salvadorenho:

“Encorajo o caro povo salvadorenho a perseverar unido na esperança e exorto todos a rezarem para que na terra do beato Óscar Romero refloresçam a justiça e a paz.”
O Papa Francisco a todos desejou um bom domingo e um bom almoço e pediu que não nos esqueçamos de rezar por ele. (RS)

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