15 junho, 2015

Papa: improrrogável uma comunhão entre os cristãos

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(RV) Ao fim da manhã desta segunda-feira o Papa Francisco recebeu em audiência, na Sala Clementina do Vaticano, uma delegação de representantes da Igreja checoslovaca hussita e da Igreja Evangélica dos Irmãos Checos, vindos a Roma para celebrar uma liturgia da reconciliação por ocasião dos 600 anos da morte do reformador Jan Hus
No seu discurso o Papa salientou que o encontro era uma oportunidade para renovar e aprofundar as relações entre as nossas comunidades e para promover um conhecimento recíproco sempre maior e uma factiva colaboração, rumo à unidade desejada pelo Senhor. Muitas disputas do passado pedem para ser revisitadas à luz do novo contexto em que vivemos, disse ainda o Papa, sublinhando que serão alcançados acordos e convergências se enfrentarmos as tradicionais questões conflituais com um olhar novo e que, sobretudo, não podemos esquecer que a profissão de fé partilhada em Deus Pai, no Filho e no Espírito Santo, na qual fomos baptizados, já nos une em vínculos de autêntica fraternidade.

Em seguida Francisco salientou a importância de continuar o estudo sobre a pessoa e a obra de Jan Hus, ilustre pregador e reitor da Universidade de Praga tragicamente morto há seis séculos, e que há muito tem sido objecto de discórdia entre os cristãos, enquanto que hoje se tornou motivo para o diálogo. Esta pesquisa, conduzida sem condicionamentos ideológicos, será um importante serviço à verdade histórica, para todos os cristãos e toda a sociedade, mesmo para além das fronteiras da própria nação, disse o Papa reiterando que a exigência, hoje, de uma nova evangelização de tantos homens e mulheres que parecem indiferentes ao Evangelho, torna improrrogável o dever de renovação das estruturas eclesiais, de modo a favorecer  a resposta positiva de todos aqueles a quem Jesus oferece a sua amizade.

E a comunhão visível entre os cristãos tornará certamente mais credível o anúncio – disse o Papa a concluir – auspicando uma contínua conversão de todos para juntos progredirmos no caminho da reconciliação e da paz, e desenvolvendo relações de amizade, mesmo a nível das comunidades locais e paroquiais.

Deus, rico em misericórdia, nos conceda a graça de nos reconhecermos todos pecadores e sabermos perdoar uns aos outros – concluiu o Papa Francisco. (BS)

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