(RV) Neste
quarto domingo da Páscoa, Domingo do Bom Pastor e Dia Mundial de Oração
pelas Vocações, o Papa Francisco presidiu à Santa Missa na Basílica de
S. Pedro, com a ordenação de 19 novos sacerdotes para a Diocese de Roma.
Na sua homilia, inspirada no Pontifical Romano para a Ordenação de
Presbíteros, o Papa falou antes de tudo do chamamento dos sacerdotes à
ordem dos presbíteros, um chamamento, disse, feito por Cristo único Sumo
sacerdote do Novo Testamento, mas também um chamamento ao qual é
associado todo o povo de Deus. Contudo, entre todos os discípulos o
Senhor escolhe alguns em particular para exercerem publicamente, na
Igreja, o ofício sacerdotal em favor de todos os homens e para
continuarem, assim, a sua missão de Senhor, sacerdote e pastor.
Ele, de facto, para isso tinha sido enviado pelo Pai, e assim Ele
também enviou no mundo primeiro os Apóstolos e, em seguida, os Bispos e
os seus sucessores a quem, finalmente, foram dados como colaboradores,
os presbíteros que, com eles unidos no ministério sacerdotal, são
chamados ao serviço do Povo de Deus. E o Papa acrescentou:
“Eles reflectiram sobre esta vocação que receberam, e agora vêm para
receber a Ordem dos Presbíteros. O Bispo arrisca e os escolhe, como o
Pai arriscou para cada um de nós”.
Os novos sacerdotes, continuou o Papa, serão depois configurados a
Cristo Sumo e Eterno Sacerdote, ou seja, serão consagrados como
verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento e, com este título que os une
no sacerdócio ao seu Bispo, serão pregadores do Evangelho, Pastores do
Povo de Deus, e presidirão às acções de culto, especialmente na
celebração do sacrifício do Senhor. E, dirigindo-se directamente aos
ordenandos, disse:
”Quanto a vós, que estais para ser promovidos à Ordem do sacerdócio,
considerai que, ao exercer o ministério da Sagrada Doutrina,
participareis na missão de Cristo, único Mestre. Administrai a todos
aquela Palavra de Deus que vós mesmos recebestes com alegria. Lede e
meditai assiduamente a Palavra do Senhor para acreditar naquilo que
lestes, ensinar o que aprendestes na fé, viver o que ensinastes”. Seja
ela, portanto, alimento para o povo de Deus. As vossas homilias não
sejam aborrecidas. As vossas homilias cheguem ao coração das pessoas
porque saem do vosso coração, porque aquilo que dizeis a eles é o que
tendes no coração”.
Deste modo, continuou o Papa Francisco, a doutrina dos sacerdotes
será alimento e a sua vida alegria e sustento para os fiéis de Cristo,
porque com a palavra e com o exemplo edificarão a Igreja. E disse de
novo aos sacerdotes:
“Quando celebrais a Missa reconhecei o que estais a fazer, e não o
façais com pressa, imitai o que estais a celebrar, não é um ritual
artificial, porque assim participando no mistério da morte e
ressurreição do Senhor, leveis a morte de Cristo nos vossos membros e
caminheis com Ele em novidade de vida”.
Com o Baptismo reunireis novos fiéis ao povo de Deus, disse ainda o
Papa aos sacerdotes, pedindo-lhes para nunca recusarem o baptismo a quem
o pedir. Com o sacramento da Penitência perdoarão os pecados em nome de
Cristo e da Igreja e, mesmo em nome de Cristo e da sua esposa a Igreja,
o Papa pediu-lhes para nunca se cansarem de ser misericordiosos,
reiterando que eles estarão no confessionário para perdoar e não para
condenar e que, sobretudo, deverão imitar o Pai que nunca se cansa de
perdoar. Com o óleo santo, enfim, eles levarão o alívio aos doentes e
celebrando os ritos sagrados, eles serão a voz do povo de Deus e de toda
a humanidade.
E o Papa convidou também os novos sacerdotes a exercer na alegria e
caridade sincera a obra sacerdotal de Cristo, apenas com a intenção de
agradar a Deus e não a si mesmos pois é feio, disse, um sacerdote que
vive para agradar a si próprio e se comporta como um pavão. E concluiu
dizendo-lhes:
“Participando na missão de Cristo,
Cabeça e Pastor, e em comunhão filial com o bispo, esforçai-vos por unir
os fiéis numa única família, para conduzi-los a Deus Pai, por Cristo,
no Espírito Santo, tendo sempre diante de vós o exemplo do Bom Pastor,
que não veio para ser servido, mas para servir, não para ficar nos seus
confortos mas para sair, e buscar e salvar o que estava perdido.” (BS)
Sem comentários:
Enviar um comentário