09 novembro, 2014

Assembleia do 40.º Aniversário do RCC em Portugal - Pneumavita



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ENSINAMENTOS

Pe. Joãozinho sej.

Biografia e currículo

Origem:

João Carlos Almeida, mais conhecido como Padre Joãozinho, nasceu na cidade de Brusque em Santa Catarina (10 de maio de 1964). Filho do contador Samuel Sidnei Almeida (in memoriam) e da professora Maria da Glória Almeida e irmão da Sandra Simone e da Ana Carolina, fez seus estudos iniciais na Escola Básica Dom João Becker e Feliciano Pires (ambas escolas públicas) em sua cidade natal.

Vocação a formação:

Em 1976, aos 11 anos de idade entrou para o seminário, na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, na cidade de Rio Negrinho – SC. No ano seguinte continou seus estudos no seminário de Corupá – SC. Em 1980 iniciou o então 2º grau no seminário dos Dehonianos em Curitiba. Em 1983 fez o noviciado em Jaraguá do Sul. No ano seguinte começou a sua formação filosófica na FEBE (Fundação Educacional de Brusque), licenciando-se em Estudos Sociais em 1986. Em 1987-1988  lecionou no seminário de Terra Boa – PR. Contemporaneamente fez pós-graduação em psicopedagogia na FAFIMC, em Viamão-RS. No ano de 1989 começou o curso de teologia no Instituto Teológico SCJ, em Taubaté-SP, afiliado à PUC-RJ. Formou-se bacharel em teologia pela PUC-RJ no ano de 1992. No mesmo ano, no dia 19 de dezembro, foi ordenado sacerdote pelas mãos de Dom Eusébio Oscar Scheid (hoje cardeal do Rio de Janeiro), no altar da igreja São Luiz Gonzaga, em sua cidade natal.

Atuação pastoral:

Seu primeiro trabalho pastoral foi no Santuário São Judas Tadeu, em São Paulo, onde atuou junto aos jovens, pastoral do dízimo, leigos dehonianos e RCC. Ali também intensificou seu trabalho junto aos meios de comunicação, escrevendo seus primeiros livros publicados por Edições Loyola e gravando seu primeiro disco solo: “Conheço um coração”.

Mestrado em Teologia:

Permaneceu em São Judas até 1995, quando foi designado por sua congregação para fazer o mestrado em teologia no Instituto Santo Inácio, em Belo Horizonte. Ali, sob a orientação de P. João Batista Libanio, defendeu dissertação sobre o conceito de salvação na obra do teólogo peruano Gustavo Gutiérrez. Este estudo está publicado pela Loyola sob o título “Livres para amar”.

Professor e formador:

Em 1998 foi transferido para o Convento SCJ de Taubaté, onde atuou como professor de teologia no Instituto Teológico SCJ, formador no convento e vigário paroquial em comunidades rurais. Intensificou seu vínculo com a Canção Nova assumindo programas de televisão que foram amadurecendo para o formato hoje conhecido como “Direção Espiritual”. Multiplicou livros e discos além de artigos em revistas, especialmente IRaoPOVO, publicada por sua congregação.

Diretor de faculdade:

Em novembro de 1999 foi nomeado diretor do Instituto Teológico SCJ. No mesmo ano o MEC havia aberto a possibilidade do reconhecimento dos cursos livre de teologia como cursos superiores. Em função disso fez um amplo estudo sobre a matéria e conduziu o credenciamento da Faculdade Dehoniana, em 2001, que hoje possui os cursos de teologia e filosofia reconhecidos pelo Ministério da Educação. Neste ano iniciou seu primeiro mandato como Diretor Geral da Faculdade Dehoniana, sendo reconduzido para um segundo mandato (de quatro anos) em 2005.

Doutorados:

Durante este período, a partir de 2001, iniciou seu doutorado em Teologia Sistemática na Pontifícia Faculdade N. Sra, da Assunção, defendendo tese sobre a Teologia da Solidariedade em Gustavo Gutiérrez, sob a orientação do teólogo Dom Benedito Beni dos Santos, hoje bispo de Lorena-SP. Iniciou também o doutorado em Educação na USP, sob a orientação do filósofo e pedagogo Luiz Jean Lauand. Defendeu tese sobre a Educação Integral. No ano de 2005 foi licenciado das funções de Diretor Geral para permanecer um ano em Roma, onde iniciou o doutorado em Espiritualidade, na Pontifícia Universidade Gregoriana, sob a orientação do jesuíta P. Felix Pastor. Em 2006 defendeu tese sobre o seu fundador P. Léon Dehon.

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1.º ENSINAMENTO

2.º ENSINAMENTO


 
3.º ENSINAMENTO


4.º ENSINAMENTO




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Homilia na Missa de Encerramento da 40.ª assembleia do Pneuma - Fátima


FESTA DA DEDICAÇÃO DA BASILICA DE LATRÃO
Domingo XXXII do Tempo Comum
Início da Semana dos Seminários
Encerramento da 40ª Assembleia do Pneuma - Fátima

1. A liturgia deste domingo celebra a dedicação da Basílica de Latrão.
Porque celebramos a dedicação desta Basílica e qual o seu significado?
Celebramos esta dedicação, porque a Basílica de São João de Latrão é a primeira basílica cristã e considerada a “mãe de todas as Igrejas”.
Foi mandada construir pelo imperador Constantino e foi consagrada com solenidade e jubilo pelo Papa Silvestre no ano de 324.
A Basílica de Latrão foi durante muitos séculos residência do Papa e sede de muitos Concílios da Igreja. É a Catedral do Papa que nela «preside na caridade», à comunhão e à unidade da Igreja universal.
Celebrar a festa da sua dedicação é celebrar a comunhão e a unidade na fé com o sucessor de Pedro, centro da comunhão eclesial e cabeça do Colégio episcopal.
A Basílica de Latrão é símbolo não só da Igreja mãe de Roma, mas é também o centro simbólico da comunhão de todas as Igrejas espalhadas pelo mundo.
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2. A Palavra De Deus que escutamos abre o nosso coração à compreensão da Igreja, da “igreja-edifício” e da “igreja-comunidade”.
Ezequiel foi um profeta que sofreu a terrível experiência do desterro, no século IV antes de Cristo.
O seu sofrimento aumentou quando, no exílio, soube que a cidade de Jerusalém tinha sido destruída e o Templo profanado pelos pagãos.
Na Babilónia o profeta vislumbra mediante a fé e em visões o futuro. Através de imagens simbólicas o profeta consola e dá esperança ao povo de Deus no exilio.
Na visão que escutamos, o profeta vê o Templo restaurado, convertido de novo em sinal da presença de Deus entre o povo.
As águas que brotam do templo, ou seja, que vêm de Deus, purificam e curam o povo de todo o seu passado e fazem com que os campos produzam frutos e que o Mar Morto se encha de vida.
Com estas imagens simbólicas, belas e sugestivas, o profeta anuncia um futuro novo que Deus prepara para o seu povo, sobretudo o dom de um coração novo e de um espírito novo, de uma vida nova, de uma nova Aliança, de uma nova etapa nesta história de amor entre Deus e o seu povo, marcada pela infidelidade e pelo pecado.
Será um tempo novo de vida abundante, simbolizado na natureza que renasce, se renova, retoma vida e vigor
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3. A água que brota do templo é símbolo da graça que emana de Cristo, de Deus, do seu Espírito, que transforma tudo aquilo que toca.
Esta água viva jorra para nós hoje de um novo Templo, de Cristo vivo e ressuscitado, presença de Deus no meio do seu povo, água viva que vivifica tudo o que toca, limpa, purifica, cura e dá a vida eterna.
Cristo é o único capaz de transformar a aridez do nosso coração e o deserto da nossa vida, infundindo-lhe vida e fecundidade, para sermos terra fecunda, “edifício de Deus”, “templo de Deus”, habitação do Esprito que faz correr a vida de Deus em nós, e nos torna ricos de frutos novos, belos, os frutos do Espírito.
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4. Deixemos, por isso, que Cristo nos toque, nos transforme com a sua graça e a sua misericórdia.
Ele é o “arquiteto” e o “alicerce” do templo do Espírito que somos ou em que nos devemos tornar. Deixemos que Ele nos toque, nos renove, nos vivifique, nos salve.
A salvação não é obra nossa, é dom que devemos acolher com humildade e reconhecimento.
A salvação é obra de Deus em Cristo pelo seu Espírito, que requer docilidade, disponibilidade e colaboração generosa da nossa parte.
É o Senhor que constrói o templo que somos e a Igreja que formamos.
São Paulo recorda-nos que a Igreja que somos está edificada sobre Cristo e é um edifício em construção. Um edifício que se constrói e reconstrói, quando acontece, como aconteceu ao Templo de Jerusalém, de ser profanado pelo pecado.
E São Paulo adverte: “veja cada um como constrói”, porque “ninguém pode colocar outro alicerce além do que está posto, que é Jesus Cristo”.
Cristo é o alicerce, o fundamento, sobre quem e a partir do qual nós nos construímos e edificamos como filhos de Deus, como discípulos e como Igreja.
Por isso, “veja cada um como constrói!”, porque podemos correr o risco de construir sobre mesmos, sobre as nossas ideias, interesses, gostos e convicções; ou sobre ideias que outros nos vendem.
Este é o risco de construir sobre a areia, sobre a fragilidade e a debilidade humana, cujo resultado é a desilusão, a frustração, o vazio e, por vezes, tem como consequência experiências amargas.
Cuidado com os entusiamos fáceis de uma religião sem Cristo, sem Cruz, sem Evangelho, sem Igreja.
Construir sobre Cristo é construir sobre a rocha, sobre terra firme, que resiste a vendavais e tempestades.
Construir sobre Cristo é construir sobre a Palavra de Deus, sobre o Evangelho, que vivido, encarnado dá consistência à nossa vida e a torna fecunda, rica de frutos.
Construir sobre Cristo é crescer juntos, na comunhão que Ele gera. Uma comunhão que brota da fé e do Batismo, do acolhimento do Evangelho, do discipulado, do ser e sentir-se membro da comunidade dos seus discípulos, daqueles que o confessam como seu Senhor e compartilham com Ele a vida e a missão.
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5. A nossa identidade cristã e a nossa pertença à Igreja têm o seu fundamento em Cristo.
A igreja-templo é símbolo da Igreja comunidade, da Igreja comunhão, edificada a partir de Cristo.
No Evangelho Jesus sublinha-o dizendo aos judeus: ”destrui este templo e em três dias o levantarei”. O evangelista São João explica: “Jesus falava do templo do seu Corpo”.
Jesus reage de uma forma que surpreende a todos, porque o espaço destinado ao culto daqueles que não pertenciam ao povo judeu fora ocupado para comércio.
Os judeus pedem-lhe satisfações desta sua reação. Jesus, de uma forma enigmática e misteriosa, anuncia um novo templo, um novo culto em espírito e verdade, que é Ele, e que se erguerá da morte, ressuscitando da morte ao terceiro dia.
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6. Jesus é o novo Templo à volta do qual nos reunimos e nos edificamos como Igreja.
A Igreja é uma história de amor, um povo que nasceu do coração de Deus, uma história que ainda não terminou. Cada um de nós é um elo desta cadeia de amor. O Espirito Santo une-nos a Cristo, por Cristo a Deus e uns aos outros.
O Renovamento Carismático é “uma corrente de graça na Igreja e para a Igreja”, (Papa Francisco, 37º Encontro Nacional Italiano do RCC, 1 junho 2014).
Uma das caraterísticas do Renovamento carismático é a declarada fidelidade à Igreja, “governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em união com ele” (LG 8).
A Igreja é essencial e indissoluvelmente uma realidade visível e invisível, institucional e carismática.
O Espírito Santo presente e atuante na igreja institucional é o mesmo que suscita os carismas, dons, serviços e funções.
São Paulo diz-nos que podemos ter o dom das línguas e realizar milagres, mas se não amamos e edificamos a unidade do Corpo de Cristo, que é a Igreja, não realizamos a obra do seu Espírito Santo.
Só o amor filial pela Igreja, reconhecida na sua maternidade espiritual e na sua realidade institucional, permitirá aos grupos do Renovamento Carismático ser fermento para a vida das comunidades eclesiais, para a vida da Igreja e de se sentir verdadeiramente “uma corrente de graça na Igreja e para a Igreja”.
“É no âmbito da comunidade, da Igreja, que desabrocham e florescem os dons que o Pai nos concede em abundância; e é no seio da comunidade que aprendemos a reconhecê-los como sinal do seu amor por todos os seus filhos” (Papa Francisco, audiência de 1 de outubro de 2014).
“Os carismas são dons para renovar a Igreja. Não são um património fechado entregue a um grupo, mas são presentes do Espirito integrados no corpo eclesial, atraídos para o centro que é Cristo, de onde são canalizados num impulso evangelizador. Um sinal claro da autenticidade de um carisma é a eclesialidade, a sua capacidade de se integrar harmoniosamente na vida do povo de Deus, para bem de todos (…) É na comunhão, mesmo que custosa, que um carisma se revela autentica e misteriosamente fecundo”. (EG 130).
No encerramento desta Assembleia, em que refletistes e rezastes para que o Senhor reavivasse em vós o dom do Espírito Santo, o que certamente aconteceu, queria convidar-vos a colocar os dons e carismas, ao serviço da Igreja, para a sua renovação, edificação e missão.
Nas vossas paróquias, nas vossas dioceses, no meio do mundo, sede o bom fermento de Cristo, do Evangelho e dos seus dons, que se dá generosamente para levedar a massa.
Sede-o com o vosso testemunho de vida cristã, em comunhão com os outros cristãos, não vos julgando mais nem melhores do que eles, mas irmãos e irmãs, que na simplicidade e na humildade seguem o Senhor, vivem unidos, cuidam dos pobres e buscam a comunhão, a unidade e a paz com todos. Recordai que Deus é humilde, mostrou-o em Jesus, e que se revela aos humildes e se oculta aos soberbos.
Que a Serva do Senhor, que aqui invocamos como Nossa Senhora de Fátima, nos ajude a ser humildes colaboradores do projeto de salvação que Jesus confiou à sua Igreja, na comunhão e na unidade para que o mundo creia (cf. Jo 17,20).
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† Joaquim Mendes
Bispo Auxiliar de Lisboa

Texto difundido pelo Patriarcado de Lisboa


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