01 junho, 2014

Jesus levou ao Pai como presente as suas chagas - Papa no Regina Coeli deste domingo da Ascenção do Senhor ao Céu. Rezou também pela paz na Ucrania e República Centro-africana e recordou o Dia das Comunicações Sociais

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(RV) Aos milhares de fiéis reunidos na Praça de S. Pedro neste primeiro Domingo de Junho em que se celebra na Itália e em muitos outros Países a solenidade da Ascensão do Senhor, o Papa Francisco, na sua habitual reflexão antes da oração mariana do Regina Coeli, recordou o episódio da separação final de Jesus dos seus discípulos e do mundo, narrado nos Actos dos Apóstolos, enquanto que o evangelho de Mateus fala de mandato – um convite aos discípulos para ir, partir para anunciar a todos os povos a sua mensagem de salvação. Portanto, “ir”, ou melhor “partir”, é a palavra-chave da festa de hoje – disse o Papa:

"Jesus parte, sobe ao Céu, ou seja, retorna ao Pai, por quem havia sido enviado ao mundo. Mas não se trata de uma separação, porque Ele permanece connosco para sempre, sob uma forma nova. Com a sua ascensão, o Senhor ressuscitado atrai o olhar dos Apóstolos - e também o nosso - para as alturas do céu para nos mostrar que a meta do nosso caminho é o Pai".

E Papa Francisco prosseguiu dizendo que Jesus continua presente e activo nos assuntos da história humana com o poder e os dons do seu Espírito, e que está ao lado de cada um de nós:

"Mesmo que não o vejamos com os nossos olhos, Ele está lá! Nos acompanha, nos guia, nos leva pela mão e nos levanta quando caímos. Jesus ressuscitado está próximo dos cristãos perseguidos e discriminados; está perto de todo homem e mulher que sofre. Está perto de cada um de nós, está aqui na Praça. O Senhor está connosco. O Senhor está connosco” – convidou os presentes a repetirem com ele".

E o Papa acrescentou ainda que quando regressa ao céu Jesus leva ao Pai o presente das suas chagas, assim quando o Pai olha para as chagas de Jesus se torna mais misericordioso e nos perdoa a todos.

Mas Jesus também está presente através da Igreja, que Ele enviou para prolongar a sua missão, sublinhou ainda o Papa Francisco, recordando que a última palavra de Jesus aos seus discípulos é o comando para partir: "Ide, portanto, fazei discípulos todas as nações" -um mandato claro, não facultativo, insistiu o Papa:

"A comunidade cristã é uma comunidade "de saída", "pronta a partir". Vós me direis: mas e as comunidades de clausura!? Sim, também elas, porque estão sempre "de saída" com a oração, com o coração aberto ao mundo, aos horizontes de Deus. E os idosos, os doentes!? Também eles, através da oração e a união às chagas de Jesus.”

Aos seus discípulos missionários, Jesus diz: "Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo" observou o Papa, pois sozinhos, sem Jesus, nada podemos fazer :

"Na obra apostólica não bastam as nossas forças, os nossos recursos, as nossas estruturas, mesmo que sejam necessárias. Sem a presença do Senhor e a força do seu Espírito, o nosso trabalho ainda que bem organizado, é ineficaz".

No final da oração do Regina Coeli, o Papa mostrou a sua consternação pelo perdurar do conflito na Ucrânia e na República Centro-Africana, renovou o seu apelo às partes a superarem os desentendimentos através do dialogo e convidou os presentes a rezarem com ele a Maria, Rainha da paz, por estes dois Países:

Maria, Rainha da Paz, rogai por nós.

Em seguida o Papa recordou que se celebra neste Domingo da Ascensão, o Dia Mundial das Comunicações Sociais, consagrado ao tema “comunicação ao serviço da cultura do encontro”, tendo reafirmado a este propósito:

"Os meios de comunicação social podem favorecer o sentido de unidade da família humana, a solidariedade e o empenho por uma vida digna para todos. Rezemos para que a comunicação, em todas as suas formas, esteja realmente ao serviço do encontro entre as pessoas, as comunidades e as nações; um encontro fundado no respeito e na escuta recíproca".

O Papa Francisco lembrou ainda que ontem, em Collevalenza, na Itália, foi proclamada beata a Madre Esperança, nascida na Espanha com o nome de María Josefa Alhama Valera, fundadora, na Itália, das Servas e dos Filhos do Amor Misericordioso, rezando para que o seu testemunho ajude a Igreja a proclamar por toda a parte, com gestos concretos e quotidianos, a infinita misericórdia do Pai celeste por cada pessoa”. E o Papa pediu a todos para saudarem a Beata Madre Esperança com um aplauso…

Por último o Santo Padre saudou a todos os presentes na Praça de S. Pedro, romanos e peregrinos, tendo mencionado em particular as famílias, grupos paroquiais, associações, escolas e os meninos que receberam ou se preparam para receber o Crisma.
E a todos abençoou com o habitual:

Bom Domingo, bom almoço e até à próxima. Rezem por mim.

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