08 abril, 2014

2.ª Catequese preparatória da Festa da Família 2014

 
 

A família, educadora da verdade do homem: o matrimónio e a família

 
A) Cântico Inicial:
B) Invocação do Espírito Santo
C) Leitura Bíblica: Gn 1, 26-28.2,18-25
Depois, Deus disse: «Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos e sobre todos os répteis que rastejam pela terra.» Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher. Abençoando-os, Deus disse-lhes: «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se movem na terra.»
O Senhor Deus disse: «Não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele.» Então, o Senhor Deus, após ter formado da terra todos os animais dos campos e todas as aves dos céus, conduziu-os até junto do homem, a fim de verificar como ele os chamaria, para que todos os seres vivos fossem conhecidos pelos nomes que o homem lhes desse. O homem designou com nomes todos os animais domésticos, todas as aves dos céus e todos os animais ferozes; contudo, não encontrou auxiliar semelhante a ele. Então, o Senhor Deus fez cair sobre o homem um sono profundo; e, enquanto ele dormia, tirou-lhe uma das suas costelas, cujo lugar preencheu de carne. Da costela que retirara do homem, o Senhor Deus fez a mulher e conduziu-a até ao homem. Então, o homem exclamou: «Esta é, realmente, osso dos meus ossos e carne da minha carne. Chamar-se-á mulher, visto ter sido tirada do homem!» Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne. Transgressão - Estavam ambos nus, tanto o homem como a mulher, mas não sentiam vergonha.
Palavra do Senhor.
1 Cor 6, 19-20
Não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, porque o recebestes de Deus, e que vós já não vos pertenceis? Fostes comprados por um alto preço! Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.
Palavra do Senhor.
D) Leitura do Ensinamento da Igreja:
1. A principal questão que a família de hoje deve encarar na educação cristã dos seus filhos não é religiosa mas principalmente antropológica: o relativismo radical ético-filosófico, segundo o qual não existe uma verdade objetiva sobre o homem e, por conseguinte, tampouco sobre o matrimônio e sobre a família. A mesma diferença sexual, manifestada na biologia do homem e da mulher, não se fundamenta na natureza, mas é um simples produto cultural, que cada um pode mudar. Com isso se nega e destrói a mesma possibilidade do matrimónio e da família.
2. O relativismo afirma também que Deus não existe e que nem é possível conhecê-lo (ateísmo e agnosticismo religioso), e tampouco existem normas éticas e valores permanentes. As únicas verdades são as que dimanam das maiorias parlamentares.
3. Diante desta realidade tão radical e condicionante, a família tem hoje a inevitável tarefa de transmitir aos seus filhos a verdade sobre o homem. Como já ocorreu nos primeiros séculos, hoje é de capital importância conhecer e compreender a primeira página do Gênesis: existe um Deus pessoal e bom, que criou o homem e a mulher com igual dignidade, mas diferentes e complementares entre si, e deu-lhes a missão de gerar filhos, mediante a união indissolúvel de ambos numa só carne (matrimónio). Os textos narram a criação do homem, evidenciando que o casal homem-mulher são – segundo o desígnio de Deus – a primeira expressão da comunhão de pessoas, pois Eva é criada semelhante a Adão como aquela que, em sua alteridade, o completa (cf. Gn 2, 18) para formar com ele uma só carne (cf. Gn 2, 24). Ao mesmo tempo, ambos têm a missão procriadora que os faz colaboradores do Criador (cf. Gn 1, 28).
4. Esta verdade sobre o homem e sobre o matrimónio tem sido conhecida também pela reta razão humana. De fato, todas as culturas reconheceram em seus costumes e leis que o matrimónio consiste só na comunhão de homem e mulher, apesar de que às vezes conheceram e admitiram a poligamia ou a poliginia. As uniões de pessoas do mesmo género foram consideradas sempre alheias ao que é o matrimónio.
5. São Paulo descreveu tudo isso com traços muito vigorosos em sua carta aos Romanos, ao escrever a situação do paganismo da sua época e a desordem moral em que havia caído por não querer reconhecer com a vida o Deus que havia conhecido com a razão (cf. Rm 1, 18-32). Esta página do Novo Testamento deve ser bem conhecida hoje pela família, para não edificar sua ação educadora sobre areia movediça. O desconhecimento de Deus leva também ao ofuscamento da verdade sobre o homem.
6. Os Padres da Igreja oferecem doutrina abundante e são um bom exemplo no modo de proceder, pois tiveram que explicar detalhadamente a existência de um Deus Criador e Providente, que criou o mundo, o homem e o matrimónio, como realidades boas; e combater as desordens morais do paganismo que causavam dano ao matrimónio e à família.
E) Perguntas para o Diálogo:
1 - Ao lerem os textos bíblicos apresentados, alguma vez pensaram que o corpo torna visível o mistério invisível de Deus? O que devemos mudar na forma como tratamos o nosso corpo?
2 - Como é que a nossa cultura idolatra e menospreza o corpo simultaneamente?
3 - De que forma devemos viver o matrimónio ou as outras relações humanas para serem verdadeiramente cristãs, imagem e semelhança de Deus?
F) Orações espontâneas.
G) Pai-Nosso
H) Cântico Final
 
 
Contactos:
 
Patriarcado de Lisboa
Sector da Pastoral Familiar
Mosteiro de São Vicente de Fora,
Campo de Santa Clara,
1149-085 LISBOA.
 

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