17 março, 2013

A CAMINHO DE JERUSALÉM






Aproximas-Te de Jerusalém, Senhor.

O Teu coração está profundamente triste, mas fazes a vontade do Pai.

A tristeza do Teu coração não se deve ao conhecimento de saberes o que vais sofrer, porque esse sofrimento é até para Ti alegria e paz serena, porque dele virá a Salvação para o homem que Tu amas com amor eterno.

Essa tristeza é por saberes que, apesar do Teu Sacrifício, apesar dos Teus sinais, muitos não irão acreditar, muitos irão rejeitar o Teu amor e, por isso, muitos se perderão por sua vontade própria.

E isso entristece-Te profundamente, não por eles Te rejeitarem, mas porque se perderão, e isso é insuportável ao Teu coração que os ama com amor eterno.

Ai a fragilidade dos homens, a sua inconstância, as suas debilidades e fraquezas!

Sabes bem que quando entrares em Jerusalém serás recebido com hossanas e louvores, daqueles mesmos que passado pouco tempo gritarão: crucifica-O, crucifica-O!

E sabes bem que ainda assim continuamos!
Quando precisamos de Ti, cantamos-Te louvores, suplicamos-Te e em Ti acreditamos.
Quando parece que tudo corre bem connosco, deixamos de ter tempo para Ti, esquecemos-Te e por vezes até Te rejeitamos.

Também nós, Senhor, em Igreja, tantas vezes Te fazemos “juras de amor”, mas tantas vezes também no dia-a-dia do nosso trabalho, do nosso lazer, da nossa família, Te afastamos e não deixamos que nos ilumines e guies com o Teu amor.

Aproximas-Te, Senhor, de Jerusalém, que em mim é o meu coração!

Nele entras e também és recebido com hossanas e glórias ao meu Senhor e meu Deus.
Mas nele tantas vezes também és negado, tantas vezes esquecido, tantas vezes ofendido, tantas vezes crucificado.

Perdoa-me, Senhor, e faz do meu coração uma nova Jerusalém, onde tudo cante e dance de alegria para o meu Deus, um coração abraçado à Tua Cruz, vivendo a Ressurreição, a Tua vitória sobre a morte.


Marinha Grande, 17 de Março de 2013
Joaquim Mexia Alves

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