08 dezembro, 2012

ADVENTO II



Senhor,
a espera é deliciosa
porque sabemos o que esperamos.
 
Esperamos aquilo que não temos
e só Tu nos podes dar.
 
Esperamos a verdadeira vida,
a vida feita de amar,
aquela que nos faz irmãos,
filhos de Deus para sempre.
 
Esperamos junto ao rebanho
ansiosos na noite escura,
que pelo Teu Nascimento
se há-de converter em luz pura.
 
Rompem-se as trevas,
clareia o dia,
parece que já ouvimos
dos anjos a melodia:
Glória, glória a Deus,
e aos homens paz
e alegria.
 
Ó que espera bonançosa,
que promessa tão querida,
o Senhor do Universo,
faz da noite um novo dia.
 
Em Ti Menino repousa
a esperança da humanidade.
 
Nasce em cada coração,
molda-nos na Tua vontade,
faz de nós verdadeiros homens
em busca da única Verdade.
 
Ó que espera tão ditosa,
tão cheia de amor eterno,
o Filho amado do Pai
nasce assim,
tão simplesmente,
para nunca nos deixar sós.
 
Ó que espera tão gozosa
que dá vida às nossas vidas,
o Senhor de todas as coisas,
faz-se assim,
humildemente,
frágil Homem como nós.

Marinha Grande, 7 de Dezembro de 2012
Joaquim Mexia Alves

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