08 agosto, 2011

Os Desafios do RCC - pelo Papa João Paulo II

Evangelização  
(Constante no Labat n.º 69 de Fevereiro de 2007)

"Quando reflectimos nos 40 anos do RCC, devemos reconhecer a bênção maravilhosa que foi o Pontificado de João Paulo II para este movimento. Como um bom pai, ele nos encorajou quando éramos jovens e nos ajudou a crescer à medida que tanto ele como nós avançámos nos anos.

Desafio à formação

Como um pai amoroso, João Paulo II muitas vezes nos aconselhou e mostrou maneiras de crescermos na nossa intimidade com o Senhor. Uma das áreas que ele abordou foi o desafio à formação.
Há uma necessidade urgente de proclamarmos com fervor o Reino de Deus e de termos uma formação cristã sólida e profunda. Há uma necessidade actual muito grande de líderes cristãos maduros, conscientes da sua identidade baptismal e da sua vocação e missão na Igreja e no mundo! Quanta necessidade há de Grupos e comunidades cristãs vibrantes!... Há agora um novo estágio para o crescimento dos movimentos: o da maturidade eclesial. Os Grupos e comunidades carismáticas também são chamadas hoje para tomar este passo em direcção à maturidade eclesial.
João Paulo II sem dúvida alguma amava o RCC. Como um bom pai, ele queria-nos dar segurança e, ainda, pegar em algo que era bom e torná-lo ainda melhor. João Paulo II via o Renovamento não como uma associação que se auto-servia ou que se preocupava apenas com as suas próprias coisas. Ao contrário, ele reconheceu que o RCC é uma acção soberana do Espírito Santo, um dom de Deus para o bem de toda a Igreja. O nosso Santo Padre sabia que toda a Igreja precisava do que o RCC tinha para oferecer. Portanto, ele chamou-nos para uma maturidade que nos permitiria servir toda a Igreja e verdadeiramente ajudar a construir o corpo de Cristo.

A formação é a chave para a maturidade

O Pontífice via na formação a chave para a maturidade. Ele pediu-nos para o considerarmos seriamente e agir fortemente no desenvolvimento de pessoas dentro do Renovamento. Ele esboçou isto de uma forma um pouco mais clara na sua manifestação aos Líderes Carismáticos em Junho de 1998.
A fé entusiástica que dá vida às vossas comunidades é de uma riqueza muito grande, mas não é suficiente. Deve ser acompanhada de uma formação cristã sólida, abrangente e fiel ao Magistério da Igreja: uma formação baseada em vida de oração, leitura da palavra de Deus, e participação digna nos Sacramentos, especialmente Reconciliação e Eucaristia. Para amadurecermos na fé, temos que crescer no conhecimento das suas verdades. Se isto não acontecer, há o risco da superficialidade, subjectivismo extremo e ilusão”.
À medida que procurarmos ser formados na maturidade com o Renovamento, consideremos alguns pontos chaves no conselho dado pelo nosso amado Padre:

1. Fiéis ao Magistério da Igreja: Nesse estágio das nossas vidas, provavelmente já teremos vencido a necessidade de “fazer as nossas próprias coisas”. Somos parte da Igreja, estamos no coração da Igreja. Não estamos a tentar desenvolver uma Igreja alternativa, mas estamos a tentar amar e servir a Igreja que já existe, a Igreja estabelecida por Jesus Cristo. Com certeza, todos nós já vimos falhas dentro da Igreja, a noiva de Cristo. Assim como Cristo permaneceu fiel a ela, também nós devemos permanecer fiéis. A Igreja precisa de nós e tem o direito de esperar de nós uma lealdade inabalável ao Magistério.

2. Vida de oração: Um dos elementos centrais do RCC tem sido a vida de oração. Entretanto, temos que reconhecer que é muito fácil abandonar a oração devido às demandas da vida e do ministério. Não podemos ser formados na maturidade se não estivermos dispostos a ser formados na oração.

3. Ouvir a Palavra de Deus: Que sabedoria está dentro das páginas do Livro Santo! a própria sabedoria de Deus! Se queremos realmente amadurecer, devemos permitir ser formados pelo que Deus nos fala. O próprio esforço de ouvir e então agir de acordo com o que ouvimos far-nos-á progredir significativamente no caminho da maturidade.

4. Participação digna nos Sacramentos: Com as graças extraordinárias que nos são oferecidas através dos sacramentos, caminharemos rapidamente em direcção à maturidade! Devemos participar dos sacramentos o mais que pudermos a fim de sermos formados no Espírito de Deus.

Todos os esforços de formação devem ajudar as pessoas a se apropriar destes quatro elementos chaves nas suas vidas: um amor sincero e relacionamento com a Igreja, vida de oração, ouvir e seguir a Palavra e receber dignamente os Sacramentos.

Imaginemos os frutos que nasceriam nas nossas vidas

Podemos imaginar os frutos que nasceriam nas nossas vidas se todos no RCC colocassem estas quatro áreas entre as suas prioridades?
Quantas bênçãos experimentaríamos! Como a Igreja prosperaria!
Se por nenhuma outra razão a não ser pelo amor ao grande pai que caminhou connosco por tantos anos, consideremos seriamente o papel do serviço que Deus nos deu, e decidamos ser formados na maturidade, para que possamos ser uma bênção para a igreja e mostrar que somos os filhos e filhas gratos de João Paulo II.
Jim Murphy in b.ICCRS -Vol.XII, nºv, D. 06"

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