15 março, 2010

Não desprezareis, Senhor, um espírito humilhado e contrito (Sl 50, 19)



No itinerário quaresmal proposto a toda a Igreja, aproximam-se os dias do retiro anual dos grupos de oração do Renovamento Carismático da Diocese de Lisboa, já nos próximos dias 19, 20 e 21 de Março.
O Senhor revela-nos assim a Sua misericórdia concedendo-nos estes dias de deserto, de oração e de encontro com o mistério da graça e do perdão de Deus. Nestes dias o Senhor quer visitar-nos com a Sua Palavra e dizer a cada um de nós: “Já não vos chamo servos mas amigos porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de Meu Pai” (Jo 15, 15).
É fundamental partir para estes dias de retiro com o coração disponível, criar condições para escutar a Palavra de Deus que nos recria e nos chama à conversão.
No ruído do dia-a-dia nem sempre estamos despertos para acolher a presença de Deus que nos convida a mudar de vida, a trilhar caminhos novos, a derrubar os ídolos que nos afastam da verdadeira Vida, enfim, a percorrer os caminhos da construção do Reino.

Por isso, antes de mais, devemos estar agradecidos por este convite que Deus nos faz a partir, como peregrinos e pecadores, confiantes e na certeza de que o Senhor que me chama também me fala e dá a mão.
Peçamos ao Espírito de Deus, nestes dias de preparação para o retiro, que nos dê um coração humilhado e contrito, que nos ajude a ver a nossa realidade e como estamos a precisar destes dias de escuta e de confronto com a Palavra Criadora de Deus.

Que o Senhor nos ajude a deixar “as redes” que nos prendem e atrapalham a vida e nos dê o desejo sincero de participar com alegria e seriedade nestes dias que nos lançarão para a celebração do Tríduo Pascal, o coração do mistério da liturgia.
Deixo-vos com as palavras do Santo Padre, que nos visitará em breve, na oração do Angelus de 28 de Fevereiro de 2010 e que nos falam da Alegria: “As alegrias que Deus nos oferece na vida (como este retiro, por exemplo) não são um fim mas um impulso para fazer de Jesus o centro da própria existência.
As alegrias semeadas por Deus na vida não são pontos de chegada, mas sim luzes que Ele nos dá na peregrinação terrena, para que somente Jesus seja a nossa lei e a Sua Palavra o critério que guia a nossa existência”.

Saúda-vos com esperança,
 

Pe. Bruno Machado 
(Assistente Diocesano do RCC da Diocese de Lisboa)
Labat n.º 102 de Março de 2010

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